Segundo David Bessa, superintendente do Dnit no Estado, alguns aparelhos já estão energizados e passam pela fase de aferição do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro). A expectativa do departamento é que até o final de fevereiro os aparelhos já estejam operando. Quem for flagrado acima do limite de velocidade pagará multa de R$ 80 a R$ 570, além de estar sujeito à perda de 4 a 7 pontos na Carteira de Habilitação.
“A instalação destes equipamentos faz parte do Plano Nacional de Controle de Velocidade (PNCV), em que o Pará também foi beneficiado. As BRs 010, 163 e 230 também receberão redutores. Nós avaliamos os pontos críticos e, a partir deste estudo, verificamos os locais que realmente necessitam desta fiscalização eletrônica”, explica David Bessa.
Segundo o superintendente, devido ao fluxo de veículos e à ligação entre municípios da Região Metropolitana, a BR-316 precisa ser avaliada como uma grande avenida. “Nossa intenção é nos reunirmos com os prefeitos e, juntos, pensarmos soluções para os problemas”, informa.
Muitos redutores ficam próximos às chamadas faixas-cidadãs, alvos de críticas por especialistas em transporte que as consideram inadequadas para rodovias federais. “Sem dúvida, o ideal é a instalação de passarelas nesses locais. A jurisdição responsável já tem projetos visando a implantação delas (passarelas) em trechos mais críticos. Assumimos em junho, os redutores foram uma medida emergencial adotada pela nossa gestão para tentar diminuir o número alarmante de acidentes”, esclarece.
ATENÇÃO
De acordo com Max Silva, inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os motoristas já estão atentos aos equipamentos eletrônicos e preferem respeitá-los. “O ideal seria que a preocupação fosse com a vida, não com a multa. A sinalização informando o limite de velocidade já existe. Mas como, infelizmente, muitos condutores ainda não têm consciência de sua responsabilidade, a PRF espera que os equipamentos contribuam para diminuir o número de acidentes”, afirma.
Segundo o inspetor, a maioria dos acidentes registrados são batidas traseiras ou laterais, sem vítimas fatais. “O problema é que os motoristas querem realizar perícia e nós temos que deslocar uma equipe até a área. Retornos já foram fechados para evitar isso. Prejudica muito o trabalho porque são unidades que poderiam estar trabalhando na fiscalização”, avalia.
O QUE SERÁ INSTALADO
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), serão instalados:
22 lombadas eletrônicas.
20 controladores de sinais.
Oito radares fixos.
1.726 acidentes registrados em 11 meses Segundo a PRF, de janeiro a novembro de 2012, foram registrados 1.726 acidentes nos primeiros 20 quilômetros da BR-316, com 667 feridos e 43 mortes. Nos trechos em que os equipamentos foram instalados, a reportagem percebeu que a maioria dos motoristas já está respeitando os limites de velocidade. Utilizar a faixa-cidadã, que fica em frente a uma faculdade particular, por exemplo, está bem mais fácil. Neste local, no quilômetro sete, uma estudante foi atropelada em maio de 2012. “Tem que fazer isso mesmo. Agora a gente pode atravessar com segurança. Antes, ninguém respeitava a faixa. Tinha que instalar equipamento em todas as faixas”, opina o técnico de refrigeração Osvaldo Castelo Branco, 65 anos. Porém, motoristas reclamam da lentidão do trânsito por conta da necessidade de reduzir a velocidade. “O trânsito já era difícil, agora vai piorar mais ainda. O engarrafamento se forma rapidinho”, observa o motorista de caminhão Rodrigo Santiago, 23 anos. |
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