OFICIAIS DO PARÁ VIVENCIAM EXPERIÊNCIA DE POLÍCIA PACIFICADORA NOS MORROS CARIOCAS


A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro implementou há pouco mais de um ano as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), modelo de gestão de policiamento que inicialmente adota medidas repressivas, com a previsão de quatro fases para ocupação do espaço público e prevenção à criminalidade.

A primeira conta com a atuação do Bope (Btalhão de Operações Especiais) e pelo BPChoque (Batalhão de Policiamento de Choque), os quais são responsáveis pela varredura e limpeza da área.

Numa segunda fase, é feita a manutenção do espaço público, através do policiamento ostensivo local.

Em seguida, ocorre a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora, constituída de um prédio adaptado ou construído num ponto estratégico na comunidade, com a designação de policiais militares recém-formados e treinamento específico para atender a comunidade.

Na quarta fase, ocorre a revalidação do processo, momento em que é feito o monitoramento das ações, orientadas pela filosofia de polícia comunitária para a consecução do ciclo do processo de prevenção.


Durante esta semana, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Dário Teixeira, designou dois oficiais para efetuarem um estudo sobre as UPPs nos morros do Rio de Janeiro. Ficaram responsáveis por essa tarefa, o coronel Costa Júnior e o major Rayol de Oliveira, pertencentes ao Comando de Policiamento da Capital (CPC).

Segundo o major Rayol, chefe do Centro do Planejamento Estratégico do CPC, o que mais lhe impressionou durante as visitas técnicas realizadas nas favelas cariocas foi “a tranqüilidade que observou nas comunidades e a alegria das pessoas em ter a polícia mais próxima delas, diferente das imagens de terror e medo que sempre foram expostos pelos meios de comunicação”, informou admirado.

Para o coronel Costa Júnior, que também coordena o Programa Segurança Cidadã, do Governo do Pará, “o Rio de Janeiro nos dá um exemplo de ousadia, parceria e inovação, na medida em que desmistifica a ideia da impossibilidade de subir ao morro para desconstruir o chamado estado paralelo, desenvolvendo ações integradas através da União, do Estado e do Município, além das próprias parcerias com a comunidade e com os empresários que passam a se envolver na questão”, concluiu.

No Morro Santa Marta, há um projeto do Governo do Estado do Rio de Janeiro denominado “Suderj em forma”, através do qual o soldado Farias, da Polícia Militar, que é faixa preta em Karatê, desenvolve a prática de artes marciais. Farias considera importante a sua atividade, haja vista que “além de promover a integração entre o Estado e a comunidade, ainda estamos realizando o crescimento e o desenvolvimento melhor para essas crianças”, avaliou.

A iniciativa da polícia carioca tem como meta pacificar até a Copa de 2014 um conjunto de 37 comunidades afetadas pela prática de crimes ligados ao narcotráfico.

Até agora, apenas seis favelas foram pacificadas: o Morro Santa Marta; o Morro Chapéu-Mangueira e Babilônia; Ladeira dos Tabajaras e Morro dos Cabritos; Pavão-Pavãozinho e Cantagalo; Jardim Batan e Cidade de Deus.

Fotografias: Leonardo Zuma (Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro)

5 comentários:

  1. Parabéns ao CEL Costa Jr e ao MAJ Rayol, sei do anseio de ambos em tornar a nossa PMPA melhor em todos os sentidos e principalmente no que diz respeito a atuação junto as comunidades.
    Um grande abraço aos dois
    Sgt Bentes

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  2. hoje não basta repreender tem que se buscar alternativas para se cortar o mal pela raiz, parabéns pela iniciativa.
    sd pm luis

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  3. O que se observa é que a "Polícia Pacificadora" do Estado do Rio de Janeiro utiliza a estratégia de um jogo chinês chamado Go que leva à vitória quem conquista mais espaço no tabuleiro, neste caso chamado Goban. Esta estratégia difere da utilizada no jogo de xadrez onde capturar ou aniquilar grande quantidade de "peças", até hoje, não levou nenhuma organização ou país à vitória na grandiosa história da humanidade. Parabéns à nossa brioza Milícia de Fontoura por basear seu trabalho em estratégias vencedoras.
    Ramon Quemel

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  4. QUERO PARABENIZAR A INICIATIVA DO COMANDO DAOM,ALÉM DESSAS INICIATIVAS, É BOM PRATICAR ECULTUAR OS DIREITOS HUMANOS EM VEZ DE ASSEDIO MORAL,CONTRA OS MILTARES ESTADUAIS,(PM).
    CEL ELEDILSON

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  5. É SEMPRE IMPORTANTE ALIAR A TÃO PROPAGADA TEORIA DA POLÍCIA COMUNITÁRIA COM EXEMPLOS PRÁTICOS DE QUE UMA NOVA POLÍCIA É POSSÍVEL!
    PARABÉNS A POLÍCIA CARIOCA E VAMOS TORCER PARA QUE ESSA REALIDADE CHEGUE EM TODOS OS ESCALÕES DA POLÍCIA MILITAR DO PARÁ.
    "A PALAVRA CONVENCE, O EXEMPLO ARRASTA!"
    TC TOMASO

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