Uma polícia que patrulha, educa, informa, combate o crime com ações proativas e preventivas e é parceira da comunidade, parece ser o ideal para a segurança pública em qualquer lugar do mundo.
A polícia japonesa se baseia muito nestes pressupostos da polícia comunitária e foi para trazer conhecimento para os policiais do Pará que o inspetor Naoto Honda veio ao Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, no dia 6, quando proferiu uma palestra sobre polícia comunitária no Japão.
A palestra foi promovida por meio de um acordo técnico entre Brasil e Japão, que levou policiais brasileiros ao país do sol nascente para conhecer o funcionamento da polícia de lá, além de trazer oficiais japoneses para treinarem os policiais aqui, visando melhorar o sistema de segurança pública brasileiro.
“Nosso trabalho vai desde o patrulhamento, feito por um até três policiais, dependendo da periculosidade, passando pela preservação de local do crime, a visita comunitária, onde levamos um formulário que é preenchido com as reclamações ou os problemas que a comunidade enfrenta, até defesa pessoal e informações sobre segurança, de que forma evitar roubos e o perigo”, enumerou Naoto Honda, inspetor de Polícia do distrito de Tóquio.
A koban é um modelo de posto policial japonês, que remonta ao século XIX, explicou Honda. “É a base da polícia comunitária, de onde parte o trabalho dos oficiais de polícia, que agem preventivamente aconselhando a comunidade sobre criminalidade, fazem reuniões com os mais velhos e as lideranças da comunidade. É importante atentar que a Polícia Japonesa desenvolve todo o trabalho de investigação e detenção, encaminhando os processos para o Ministério da Justiça”, esclareceu. “Treinamos diariamente prática de tiro e defesa pessoal. No caso, eu ainda pratico kendô três a quatro vezes por semana, tudo porque buscamos desempenhar o nosso trabalho policial da melhor forma possível”, afirmou o inspetor japonês.
A trocar experiências sobre como a polícia japonesa se estrutura e o que a segurança pública do Brasil pode tirar de proveito para aplicar conceitos da policia comunitária no país, através da polícia militar, despertou a atenção dos policiais presentes ao evento, que fizeram muitas perguntas a Honda.
O Coronel Costa Júnior, Chefe do Estado Maior Estratégico da Polícia Militar do Pará, observou que a polícia japonesa se mostra completa, diferente da polícia brasileira, que se divide em três e atua de forma específica no combate a criminalidade - militar, civil e federal. “A consciência move a polícia japonesa, que auxilia em vários aspectos e gera uma relação de confiança com a sociedade”, opiniou Costa Júnior.
O Coronel reforçou ainda que vão acontecer, por meio do acordo técnico firmado entre a Agência de Policia Nacional do Japão, Agência Internacional de Cooperação do Japão – Jica, e Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp, outras palestras até o fim do ano com o intuito de informar para colocar em prática a estratégia da polícia comunitária no Estado.
Já está confirmada para agosto a participação da capitã Pricilla, integrante do Comando de Polícia Pacificadora (UPP), que virá do Rio de Janeiro para falar sobre o projeto de gestão que busca pacificar os morros cariocas.
http://www.hangarcentrodeconvencoes.com.br/?q=node/2239
Texto: Lorenna Montenegro
Foto: Bruno Carachesti
Edição: Esperança Bessa
Departamento de Comunicação do Hangar
Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
Coronel!
ResponderExcluirSeri interessante gravar estas palestras e disponibilizar aos policiais militares de batalhões do interior que não puderam participar "in loco" do evento.
TC TOMASO