Programa Vizinhança Solidária diminui a criminalidade em 40%


AUTORIDADES SE CONVENCEM DE QUE TRABALHO DE POLÍCIA COMUNITÁRIA É MAIS EFETIVO
Aline Bosio
Nascido em Santo André com o objetivo de aumentar a segurança em bairros residenciais, o Programa Vizinhança Solidária ganhou foco no setor gastronômico após os seguidos arrastões ocorridos na Capital Paulista. Nas 19 ruas onde a ação é desenvolvida em Santo André, a criminalidade caiu, em média, 40%.
O capitão Temístocles Telmo Ferreira Araújo, da Polícia Militar, um dos responsáveis pelo programa no Estado, explica que o Vizinhança Solidária é uma ação de prevenção primária como ferramenta facilitadora da polícia comunitária, onde a sociedade auxilia a PM a garantir a segurança. “Este é um trabalho onde conscientizamos o morador a cuidar da comunidade, a se preocupar com o problema das outras pessoas, e não somente com o dele”, explica.
Na prática, moradores de onde a ação já está em prática são incentivados a ajudar na vigilância da rua e, caso veja alguma atitude suspeita, entra em contato com a polícia pelo telefone 190. “Isso começou em Santo André, em 2010, com foco em bairros residenciais e em locais de bolsões de estacionamento. Como começamos ter problemas de arrastões em bares e restaurantes de São Paulo, iniciamos este projeto na região do Itaim-Bibi focado no setor gastronômico”, explica Telmo. Em Santo André, porém, o programa ainda não é direcionado especificamente no setor gastronômico.
O Capitão explica ainda que a ação na Capital Paulista – que se estenderá por todo o Estado de acordo com iniciativas da comunidade, dos comerciantes e da polícia local, sem prazo definido – começou com um cadastro dos empresários interessados em participar da ação. “Agora vamos começar a identificar as lideranças comunitárias e fazer palestras sobre prevenção preventiva”, conta.
O próximo passo será fazer vistorias nos estabelecimentos interessados para verificar os pontos de vulnerabilidade. “Verificaremos se a iluminação tanto interna quanto externa e até a pública é a ideal, onde está localizado o caixa, se há botão de pânico, se há entrada de serviço, se há barreiras que impedem que os policiais que estão passando pela rua vejam o que acontece dentro do restaurante, entre outros aspectos. Depois elaboraremos uma espécie de laudo e entregaremos ao proprietário para, caso julgue necessário, providencie as mudanças indicadas”, conta.
Paralelamente a isso, placas indicando que a comunidade local participa do Programa Vizinhança Solidária serão espalhadas pelas vias. Em Santo André, são cerca de 220 placas espalhadas em 19 ruas de 18 bairros representados pelo Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Centro.

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