BOA PARTE DO CONTEÚDO REPERCUTIDO EM SITES E REDES SOCIAIS SAI DA BOA E VELHA TV
A internet se alimenta daquilo que é produzido por Globo, RecordTV, SBT, Band, RedeTV! e demais canais abertos e de sinal fechado.Não dá para imaginar a web sem o substancioso conteúdo visualizado diariamente nos mais de 200 milhões de aparelhos de TV existentes no Brasil – um para cada habitante.
Novelas, ‘Big Brother Brasil’, destaques dos telejornais, ‘MasterChef Brasil’, manchetes de programas de fofocas, imagens de transmissões de futebol, entrevistas reveladoras...O que seria dos principais portais de notícias do País e de redes sociais como o Facebook sem o material gerado pelas emissoras de TV?
A teoria de que a internet iria ‘matar’ a televisão se mostra ingênua. Até porque o alcance da internet ainda está longe de superar o da TV.
De acordo com o NIC.br, braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 61% dos habitantes com mais de 10 anos têm acesso à internet.
Em relação aos domicílios, 54% possuem conexão; o IBGE tem outro índice: 63%. Já a televisão está presente em 97% das casas brasileiras. Alguma dúvida de que o poder de influência da TV ainda é imensurável?
Alguns detratores recorrem a um argumento frágil – as redes sociais elegeram Barack Obama nos Estados Unidos – na tentativa de desqualificá-lo enquanto maior veículo de massa.
Obviamente, a mobilização online é cada vez maior, mas, no Brasil, a força da TV ainda sobrepõe à da internet no caso de uma eleição, por exemplo.
Prova disso são as negociações ideologicamente promíscuas que a maioria dos partidos faz na ânsia de ter mais tempo na propaganda eleitoral obrigatória exibida em horário nobre para milhões de telespectadores.
Os políticos usam a TV para promover as próprias biografias e desconstruir os oponentes. Sem a televisão, o que seria das campanhas? Ninguém se elege apenas com posts patrocinados e o uso de ‘fake news’.
Em 2016, o telejornalismo foi destaque absoluto. Já este ano a teledramaturgia reagiu.
Novelas como ‘A Força do Querer’ e ‘O Outro Lado do Paraíso’ bateram recordes de audiência e suscitaram discussões na sociedade, amplamente ecoadas nas redes sociais.
Falou-se de transexualidade, homofobia, glamourização do crime, vício em jogo, violência doméstica e outros temas relevantes pouco abordados nas conversas em família e nas escolas.
Criticada e desprezada por tantos, a TV é necessária por ser um espelho do que é o Brasil. Seja por meio do jornalismo ou das obras de ficção, o veículo nos faz encarar a realidade de um País complexo.
A gente se vê no melhor e no pior exibido na tela. Enquanto isso, as redes sociais são contaminadas por ações extremas: milhões de internautas produzem vidas absolutamente falsas, a fim de impressionar os seguidores, ou disseminam ódio e preconceitos.
Não há dúvida: a internet é o presente e o futuro. Mas pode-se afirmar que não vai destruir a televisão tão cedo.
Fonte: https://www.terra.com.br/
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