JAPÃO NA CASERNA FORA DO SÉRIO

No dia em que visitamos a delegacia de Nakano, em Tóquio, uma curiosidade: chegamos quinze minutos antes do horário previsto e o nosso intérprete, Matsuya Sam, informou que deveríamos aguardar no ônibus, porque estávamos adiantados no horário. Isso significava dizer que o delegado só nos receberia no horário combinado.
Após a comitiva ser recebida pelos policiais da Delegacia de Nakano, uma das maiores de Tóquio (a maior é a de Shinjiku), o delegado passou a nos dar algumas informações.
Ele disse que, ao todo, a Polícia do Japão possuía 96 delegacias em Tóquio. Em 2003 (ano anterior a nossa visita), Nakano não teve nenhum homicídio, mas registrou 3.869 delitos capitulados no Código Penal.
Os crimes mais comuns eram furtos e roubos a domicílios. Esses delitos estavam ligados a causas diretamente ligadas à recessão econômica japonesa, à chegada de estrangeiros e a um processo de transformação social impactante no país.
O engraçado nessa visita à Delegacia de Nakano foi quando o delegado pronunciou algumas palavras e o Matsuya reproduzia para nós, brasileiros:
- Primeiramente, ele informou que a delegacia está numa área onde residem 78.000 famílias! – interpretou Matsuya.
Em seguida, o delegado deu nova informação e Matsuya nos repassou em português:
Segundamente, ele disse que a delegacia está localizada na área que é a segunda maior densidade demográfica de Tóquio! – falou Matsuya.
Nesse momento, foi interrompido pelo tenente-coronel Altino, da PM de São Paulo:
- Matsuya, antes de você falar “terceiramente”, quero lhe dizer que o “segundamente” não existe!
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Texto extraído do livro A CASERNA FORA DO SÉRIO

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