A possibilidade da divisão do Pará com a criação dos estados de Tapajós e Carajás repercutiu nos meios da indústria e do comércio paraenses.
Para os setores, a realização do plebiscito é louvável, porém precisa ser mais discutida na sociedade com a divulgação de um estudo que mostre a viabilidade dessa separação.
A discussão é polêmica. A Associação Comercial do Pará (ACP) se posiciona de forma contrária ao projeto separatista. “Sou contra, mas não de forma radical. Acho que nem é tempo de realizar o plebiscito. Antes, a população deveria ser mais informada. Ela nem entende direito do que se trata essa separação do Pará em três partes”, opinou Sérgio Bitar, presidente da ACP.
Para a entidade, o Estado do Tapajós, onde ficariam 27 municípios do oeste paraense, não conseguiria ter uma boa arrecadação. “O que a região oeste recolhe atualmente não cobre os custos que o governo do Estado tem com ela. Isso é apenas uma pequena prova da inviabilidade dessa divisão. Temos muito que discutir, principalmente os impactos econômicos, ambientais e sociais que todos os municípios terão. Acho que o discurso atual está muito mais na base do emocional do que do racional, além de atender os interesses de um grupo pequeno de pessoas”, disse Sérgio Bitar.
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