Um baiano em defesa do Pará grande como sempre foi

Por José Bonifácio Santos*

Sou baiano e digo sempre: a Bahia é o meu amor, o Pará minha paixão. Morei 16 anos nesse lindo e rico estado de: 1994 a 2010.
A impressão que eu tinha de Belém antes de conhecê-la, era que Belém fosse uma cidade com suas ruas em chão de barro, com onças e jacarés nas praças, casas de madeiras e uma pobreza absoluta. Quando cheguei a Belém; fiquei impressionado com suas lindas praças, sua culinária genuinamente brasileira, e com seu povo alegre e acolhedor. Na verdade: encontrei uma cidade linda, bem cuidada na época.
Minha primeira paixão paraense; foi o inesquecível SUCO DE CUPUAÇU, que degustei em uma sorveteria do Pará, chamada Cairú. Como todo recém chegado a um novo estado, cometi pequenas garfes: perguntei em frente a uma banca de tacacá, onde provaria das delicias do Pará: Tacacá, Pato no Tucupi , Açaí e outras.
Indicaram-me a praça de alimentação de uma grande rede de lojas chamada Yamada, dirigi-me até lá, comprei uma ficha para o Tacacá, peguei garfo e faca, e logo fui orientado pela simpática moça do caixa, que percebendo que eu não era paraense, ensinou-me que tais acessórios, não seriam necessários pois o tacacá se tomava na cuia.
Cheguei numa sexta-feira, e no sábado fui levado pelo meu diretor, para conhecer um lindo balneário chamado Mosqueiro. Como era mês de julho, rolava o Carna-Mosqueiro. A impressão que tive; era de que estava numa praia do Caribe cheia de baianos. Lindas morenas, vários trios, e tudo de bom.
Chegamos no bar: Asa-Delta, olhei aquele rio, que no momento julguei ser um mar, e perguntei para o meu diretor:
- Posso tomar banho nesse mar?
Ele disse: "Pode sim; só que não é mar, é rio e água é doce."
Não acreditei, pois nunca havia conhecido rios com ondas. Duvidei dele, que espertamente propôs-me uma aposta valendo duas grades de cerveja como era rio. Para me convencer mergulhei, tomei alguns goles de água da praia do Murumbira, fiquei maravilhado mais uma vez. No domingo, conhecei uma linda morena paraense, com quem vivo até hoje e tenho um filho.
O Pará é assim; como a Bahia, quem conhece se apaixona.
Conheci: Salinópolis, Bragança, Marudá, Algodoal, Barcarena, Almerim, Marabá e outros lugares maravilhosos do querido Pará. Os paraenses, em quase sua totalidade, desconhecem as riquezas desse imenso estado. Águas dos seus grandes rios e subsolos; ouro, cobre, ferro, bauxita, urânio, diamantes, pescado, e suas florestas riquíssimas em biodiversidades.

O Pará é naturalmente falando, o estado mais rico do Brasil.
O paraense, precisa ter mais orgulho de sua terra. O Pará que em Tupi-Guarani significa: “Rio” deve sim; por parte do seu povo e de seus políticos, buscarem utilizar suas riquezas, em benefício do desenvolvimento de todos os paraenses, e não apenas; em benefício de alguns acionistas de empresas que exploram de forma injusta, as riquezas desse imenso e rico estado.
Estive em Marabá e conversando com algumas pessoas, percebi que em quase sua totalidade, querem a divisão do Pará em 3 estados. Eles não percebem que isso não resolverá o problema.
O problema do Pará, não está em seu tamanho, e sim na falta de um povo unido e comprometido em defender suas riquezas, escolhendo políticos que defenda “Com Unhas e Dentes”, o estado e seus cidadãos.
Temos estados no Brasil, que são pequenos em seu tamanho e grandes em sua pobreza. Minas Gerais, e São Paulo, são grandes e ricos. O Pará é um rico gigante acorrentado, trabalhando para o enriquecimento alheio.
Eu como baiano; apaixonado pelo Pará, não quero vê-lo dividido. E sim; imponente, grandioso, e rico. Com seu povo sendo beneficiado por suas imensas riquezas.
O Pará tem: as praias mais bonitas do Brasil de rios e de mar, as maiores riquezas naturais do planeta, a culinária genuinamente brasileira, os maiores rios, peixes de várias espécies, frutas deliciosas, mulheres lindíssimas, aeroporto moderno em sua capital, Centro de Convenções moderno “Hangar” Estação das docas, Mangal Das Garças, o Pará tem tudo.
Só falta visão política, para investimentos em infra-estrutura, visando atrair o ecoturismo, tão procurado no momento.
O Pará acolhe, maranhenses, piauienses, mineiros, “cariocas” que em Tupi-Guarani, significa: Casa de branco “Cari” branco e “Oca” casa.
O Pará faz parte do Brasil, como o Paraná de Foz do Iguaçu, como a Bahia do Paraguaçu, como São Paulo da Mooca, que em Tupi-Guarani significa; Casa De Parente “Mo” Parente “Oca” Casa. O Pará tem problemas como todos os outros estados desse nosso riquíssimo país tupiniquim. O Pará merece continuar grande como sempre foi.
Vamos acordar paraenses. Vamos despertar gigante adormecido. Não consigo entender como os paraenses são divididos. Um povo dividido é um povo fraco. Já um povo unido é um povo forte.
Cito o Pará em meu conto, postado no blog: www.livrobomgratis.blogspot.com de uma forma carinhosa e apaixonada.
Sou um "Oxégua" apaixonado, torcendo pela não divisão do Pará.

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