O delegado Paulo Davi Rayol, da Seccional Urbana da Cidade Nova e que está responsável pelo inquérito do caso do latrocínio (roubo seguido de morte) do policial militar Paulo Sérgio Nunes Pinto, apresentou, nesta terça-feira, 8, a foto do segundo envolvido no crime. Identificado apenas como Carlos Augusto, de apelido "Tapuru", o acusado mora em uma área de invasão no Conjunto Cidade Nova 5, em Ananindeua, na Grande Belém. Na casa dele, a equipe policial apreendeu a mochila usada pelo autor dos disparos contra a vítima, Jefferson Wallace da Cunha Santos, de 25 anos, de apelido "Lourinho", que é preso de Justiça e cometeu o crime enquanto estava fora da casa penal, beneficiado por uma saída temporária determinada pela Justiça.
O delegado localizou uma ex-namorada de
Carlos Augusto, que fez o reconhecimento do acusado. Funcionários de uma
farmácia, no Conjunto Cidade Nova 2, onde ocorreu o crime, também
reconheceram o criminoso, que agora terá a prisão solicitada ao Poder
Judiciário. Segundo o delegado, Carlos Augusto está desaparecido de sua
casa, desde o último dia 4, quando Jefferson Wallace foi reconhecido por
envolvimento no crime.
O delegado Rayol ressaltou o trabalho
integrado entre as Polícias Civil e Militar, ressaltando o nome do
coronel PM Simonetti, como fator fundamental para esclarecimento do
crime. Foram, ao todo, dez horas de investigações ininterruptas até a
identificação e localização do primeiro envolvido no latrocínio do
soldado da Polícia Militar e da tentativa de homicídio contra a namorada
do policial. O crime ocorreu no último dia 31, à tarde, no interior de
uma farmácia, onde o casal fazia compras, quando os dois homens entraram
no local, passando-se por clientes e depois anunciaram o assalto. Um
deles, ao perceber que o policial militar, que estava de folga do
serviço e à paisana, estava armado, apontou a arma em direção à vítima.
Após tomar a arma de Nunes, Jefferson
Wallace mandou o casal se abaixar. Ele passou a efetuar disparos contra o
soldado e depois atirou em direção à cabeça da esposa. O tiro atingiu o
pescoço da mulher. Ambas as vítimas foram socorridas, mas o policial
não resistiu e faleceu. Durante as investigações, muitas informações
chegaram à Polícia Civil, por meio do serviço Disque-Denúncia, fone 181.
APolícia Militar, que também participou das buscas aos criminosos,
chegou a deter dois homens apontados como suspeitos de participação no
crime, mas, com o andamento das investigações, os nomes dos suspeitos
foram excluídos. Jefferson Wallace, que é condenado pela Justiça do Pará
há mais de 5 anos de prisão pelo crime de tentativa de latrocínio,
cumpre atualmente a pena em prisão semi-aberta, na penitenciária Colônia
Agrícola Heleno Fragoso, situada no Complexo Penitenciário do Distrito
de Americano, em Santa Izabel do Pará.
Jefferson
Wallace teve o direito à uma saída temporária da prisão concedida pela
Justiça para passar as festas de Natal e Ano Novo com a família, que
mora no Conjunto Cidade Nova 5, em Ananindeua. O presidiário saiu do
presídio, no dia 25 de dezembro e deveria retornar no dia 2 de janeiro,
mas acabou voltando à casa penal no dia 1º, por volta de 17 horas. A
condenação de "Lourinho" foi em decorrência de ter cometido uma
tentativa de assalto a um vigilante do prédio do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE), localizado na travessa WE-16, na Cidade Nova II, em
Ananindeua. O crime ocorreu em 21 de fevereiro de 2011. Naquela ocasião,
Jefferson e outro homem, que estava de moto, tentaram roubar a arma do
vigilante, mas ele reagiu e trocou tiros com os bandidos. O vigilante
levou três tiros, enquanto Jefferson foi atingido por um disparo no
abdômen. Ele foi preso em flagrante e mais tarde condenado pela Justiça
por ter cometido o crime.
De acordo com o delegado, durante as
investigações, a equipe da Seccional da Cidade Nova chegou a uma
testemunha importante que revelou o possível paradeiro do autor do
crime. A partir daí, os policiais fizeram buscas na casa do acusado,
localizada no Conjunto Cidade Nova 5, onde vieram a descobrir, no
endereço, que o suspeito estava recolhido na Colônia Agrícola. Os
policiais seguiram, então, até a casa penal, onde com apoio da Diretoria
Penitenciária do Sistema Penitenciário do Pará, tiveram acesso ao
presidiário "Lourinho". A namorada do soldado, já recuperada do tiro que
recebeu no pescoço durante o assalto, foi levada até a Seccional Urbana
de Santa Izabel do Pará, para onde também o presidiário "Lourinho" foi
levado, na noite do último dia 4, para fazer o reconhecimento do
acusado. Ele foi colocado, em uma sala de reconhecimento, ao lado de
outros presos e foi apontado, sem dúvidas, pela principal testemunha do
crime.
Até quando; o Judiciario juntamente com o Sistema Penal "permitirão" que pessoas que cumprem penas nas inumeras penitenciarias deste Estado recebam permissão para sair de seus locais de cumprimento de pena para cometer crimes, como deste em que o o policial militar fora vitima. Há que se aprender alguma coisa com fatos desta natureza que não são raros; em que o interno recebem indultos, e praticam crimes. Lança-se perguntas sobre a forma como estão sendo avaliados estas saidas temporárias: há avaliação criteriosa? Quais criterios são esses? Há participaçào de Psicologos, Assistentes Sociais e outros especialistas? HÁ QUE SE PENSAR QUE ESSA MORTE PODERIA TER SIDO EVITADA.
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