As portas da Igreja ou as portas dos desgraçados?

As portas das igrejas, independentemente de denominação, estão abertas para receberem as pessoas que ali tentam em tese procurar, um alimento espiritual para a sua alma, já dizia MARX: “a religião é o ópio do homem”, mas ele parafraseou o que disse Jesus Cristo: “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4).
Isto é, sendo o homem, também um ser espiritual, o mesmo tem uma grande necessidade, quase que analogicamente fisiológica, de ter que alimentar a sua alma da Palavra de Deus, e por isso é comum que os homens em sua maioria, por costumes, culturas, enfim, tenha a necessidade de se viver em sociedade; acima de tudo, em comunhão com seus irmãos. Fator esse que faz com que as pessoas se dirijam aos templos religiosos, para buscar, também, saciar o vazio que está dentro em si, que não deixa de ser uma enfermidade abstrata. Sendo assim, as Igrejas passam a ser um hospital espiritual, e por ser tal hospital, os corpos que “carregam” esses espíritos, precisam ter um mínimo de conforto para, no local que é denominado de Templo Religioso, possam estar à vontade, para uma contrição melhor com Deus.
Na verdade, a gente adora Deus em qualquer lugar, porque até mesmo, todos nós sabemos, que Ele é onipresente; no entanto essa comunhão com os irmãos nas reuniões de devoção faz a diferença por estarmos juntos em uma corrente única de adoração. Porém hoje os nossos Templos Religiosos, são muito diferentes daqueles do tempo de Jesus Cristo, ou seja, templos com arquiteturas e utensílios simples, sem muito chamar a atenção visual e menos conforto para aqueles que os freqüentavam; se bem, que no tempo da Idade Média, e, até pouco tempo, em nossa época Contemporânea, ouvimos falar historicamente e presenciar Templos Religiosos que pela sua arquitetura e riqueza de utensílios chamavam e chamam a atenção de qualquer pessoa de bem, também daquelas pessoas mal intencionadas através das práticas dos crimes de roubos e furtos, que, porém respeitavam e temiam tocar no sagrado, afim de em nenhum momento ser objeto material de um delito que na mente dos delinqüentes poderia ser objetos de maldição para quem os tocava com segundas intenções.
Hoje a maioria daqueles Templos e seus utensílios preciosos existem, outros templos belos e simples foram erguidos juntamente com sua bela mobília, aquela vontade humana de se ter onde adorar a Deus em um conjunto de pessoas não deixou de existir, porém hoje aquele homem mal que temia o sagrado desapareceu;. Hoje ele é o verdadeiro lobo vestido de ovelha, que se infiltra no meio do rebanho, esse é o verdadeiro joio, que se finge ser religioso, para observar bem: os utensílios preciosos dos Templos, as pessoas responsáveis pelo dinheiro da oferta, a parte frágil de se poder entrar no templo, ele consegue enganar até os fieis, procurando ganhar a confiança dos irmãos para absorver informações que leve em um futuro bem próximo, à possíveis subsídios que fundamentam esquemas tramados de furtos e roubos de nossas igrejas, onde o Lobo vestido de ovelha e o “entregador de parada”, que é o articulador intelectual profanador de nossos templos através do ato de surrupiar os bens adquiridos nos templos religiosos como fruto da fé, porém uma coisa é certa como alerta, em uma situação em que se percebe a participação de pessoas estranhas ao rebanho da Igreja local, tenha bastante cautela em deixar que essa pessoa conheça, sem lógico descriminá-la, partes de nosso templo que compete apenas às pessoas de confiança, fazendo com tal atitude o modo preventivo de não sermos enquadrados no que diz o grande professor de Direito, Edmundo de Oliveira em seu livro: “O crime precipitado pela vítima.” 
                                                                        Autor: Antônio Carlos Pinheiro Nonato – Oficial da PM PA

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