Isto é, sendo o homem, também um ser espiritual, o mesmo
tem uma grande necessidade, quase que analogicamente fisiológica, de ter que
alimentar a sua alma da Palavra de Deus, e por isso é comum que os homens em
sua maioria, por costumes, culturas, enfim, tenha a necessidade de se viver
em sociedade; acima de tudo, em comunhão com seus irmãos. Fator esse que faz
com que as pessoas se dirijam aos templos religiosos, para buscar, também, saciar o vazio que está dentro em si, que não deixa de ser uma enfermidade
abstrata.
Sendo assim, as Igrejas passam a ser um hospital espiritual, e por ser
tal hospital, os corpos que “carregam” esses espíritos, precisam ter um mínimo
de conforto para, no local que é denominado de Templo Religioso, possam estar à
vontade, para uma contrição melhor com Deus.
Na verdade, a gente adora Deus em
qualquer lugar, porque até mesmo, todos nós sabemos, que Ele é onipresente; no
entanto essa comunhão com os irmãos nas reuniões de devoção faz a diferença por
estarmos juntos em uma corrente única de adoração. Porém hoje os nossos Templos
Religiosos, são muito diferentes daqueles do tempo de Jesus Cristo, ou seja,
templos com arquiteturas e utensílios simples, sem muito chamar a atenção
visual e menos conforto para aqueles que os freqüentavam; se bem, que no tempo
da Idade Média, e, até pouco tempo, em nossa época Contemporânea, ouvimos falar
historicamente e presenciar Templos Religiosos que pela sua arquitetura e
riqueza de utensílios chamavam e chamam a atenção de qualquer pessoa de bem,
também daquelas pessoas mal intencionadas através das práticas dos crimes de
roubos e furtos, que, porém respeitavam e temiam tocar no sagrado, afim de em
nenhum momento ser objeto material de um delito que na mente dos delinqüentes
poderia ser objetos de maldição para quem os tocava com segundas intenções.
Hoje a maioria daqueles Templos e seus utensílios preciosos existem, outros
templos belos e simples foram erguidos juntamente com sua bela mobília, aquela
vontade humana de se ter onde adorar a Deus em um conjunto de pessoas não
deixou de existir, porém hoje aquele homem mal que temia o sagrado desapareceu;.
Hoje ele é o verdadeiro lobo vestido de ovelha, que se infiltra no meio do
rebanho, esse é o verdadeiro joio, que se finge ser religioso, para observar
bem: os utensílios preciosos dos Templos, as pessoas responsáveis pelo dinheiro
da oferta, a parte frágil de se poder entrar no templo, ele consegue enganar
até os fieis, procurando ganhar a confiança dos irmãos para absorver
informações que leve em um futuro bem próximo, à possíveis subsídios que
fundamentam esquemas tramados de furtos e roubos de nossas igrejas, onde o Lobo
vestido de ovelha e o “entregador de parada”, que é o articulador intelectual
profanador de nossos templos através do ato de surrupiar os bens adquiridos nos
templos religiosos como fruto da fé, porém uma coisa é certa como alerta, em
uma situação em que se percebe a participação de pessoas estranhas ao rebanho da
Igreja local, tenha bastante cautela em deixar que essa pessoa conheça, sem
lógico descriminá-la, partes de nosso templo que compete apenas às pessoas de
confiança, fazendo com tal atitude o modo preventivo de não sermos
enquadrados no que diz o grande professor de Direito, Edmundo de Oliveira em
seu livro: “O crime precipitado pela vítima.”
Autor:
Antônio Carlos Pinheiro Nonato –
Oficial da PM PA
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