AS FALHAS DO PM-BOX

Hoje, analisando tudo o que aprendemos em relação a modelos adotados com emprego de estações policiais, podemos tirar algumas conclusões diante do que representou para a comunidade o trabalho policial ostensivo através do PM-BOX.
No início, como foram poucas cabines instaladas, o resultado da presença da corporação em pontos escolhidos estrategicamente na cidade, renderam bons frutos.
Os problemas começaram a aparecer depois que algumas pessoas inlfuentes passaram a solicitar (ou exigir?) que uma cabine fosse instalada na frente de sua casa, prédio ou de seu estabelecimento comercial.
O atendimento a diversos pedidos que não observavam critérios técnicos, levou a PM do Pará a instalar cabines em locais desnecessários, satisfazendo apenas a interesses de ricos e poderosos.
Resultado: eram muitas cabines em instalação, promovendo uma queda na qualidade do serviço policial, haja vista que o efetivo de recursos humanos não acompanhou o crescimento da demanda de estações policiais. Chegamos ao ponto de ter apenas 2 policiais "vigiando a caixinha".
Como os policiais permaneciam algum tempo nas "caixinhas", em escalas repetidas, algumas relações com a comunidade se demonstraram desvirtuadas e eivadas de promiscuidade.
Isso fez com que os comandantes determinassem uma espédie de rodízio, o que foi pior, pois os policiais militares não conheciam e nem eram conhecidos na comunidade. Isso promovia um policiamento desqualificado e chegava a gerar conflitos na área de atuação.
Essas falhas aconteceram porque a instalação desses boxes se deu sem nenhum processo de capacitação.
Ninguém estava preparado para o crescimento da atividade. Nem a polícia, nem a comunidade.

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