Morre em SP o senador Romeu Tuma

Vítima de falência múltipla de órgãos, ele estava hospitalizado desde 1º de setembro e tinha recebido um coração artificial havia 23 dias

O senador e veterano delegado de polícia Romeu Tuma (PTB-SP), 79 anos, morreu às 13 horas de ontem vítima de falência múltipla dos órgãos. Tuma estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde havia recebido um coração artificial há 23 dias. Segundo a equipe médica, o coração funcionou, mas o paciente não resistiu a uma infecção.
Candidato à reeleição, o senador foi internado durante a campanha, a contragosto, no dia 1º de setembro. Apresentava então um quadro de faringite infecciosa que o deixou afônico. Uma desidratação causou insuficiência renal e a situação clínica se agravou. Vieram, então, os problemas cardíacos.
Dias antes da colocação do dispositivo de assistência circulatória Berlin Heart, o coração artificial, o senador foi sedado e assim permaneceu durante a maior parte do tempo. Nunca soube do resultado das eleições. Recebeu 3,97 milhões de votos, mas não se reelegeu. Ficou em quarto lugar. "Ele queria muito voltar e lutar, por isso acabamos não tendo coragem de contar isso para ele", disse seu filho e chefe da junta médica que o acompanhou, Rogério Tuma. Segundo ele, o senador evoluiu após a cirurgia, conduzida pelo cardiologista Fábio Jatene, e a sedação foi retirada.

O senador deixou quatro filhos e nove netos. Havia completado 79 anos dia 4 de outubro com um histórico de saúde frágil. Há 12 anos sofreu um enfarte. Diabético, vivia à base de dietas restritivas. Era portador de três pontes de safena e havia perdido parte da função cardíaca.
O corpo de Tuma foi velado na Assembleia Legislativa. Familiares e amigos se uniram a políticos e autoridades para prestar homenagem. Por volta das 20h, Além de Rogério, chegaram o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr. e o deputado Robson Tuma (PTB-SP), filhos do senador. Junto com eles chegou a viúva de Tuma, Zilda Dirane.
Passaram pelo velório o ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, representando a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aloizio Mercadante (PT-SP), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB).

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101027/not_imp630404,0.php

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