PM de São Paulo representará Brasil em 30 países

Em 03/11/2010

Parceria firmada ente Polícia Militar, Ministério das Relações Exteriores e Agência Japonesa de Cooperação Internacional estabelece PMs paulistas como multiplicadores da filosofia de Polícia Comunitária em países da América Latina, Caribe e os de língua portuguesa na África

A filosofia da Polícia Comunitária implantada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo atravessou as fronteiras do território nacional, cruzou a linha de países da América Latina, como Nicarágua, Honduras, Guatemala, El Salvador e Costa Rica, e agora atravessará o oceano. São Paulo representará o país em um projeto que visa expandir a experiência de policiamento comunitário cidadão para outros 30 países da América Latina, Caribe e os de língua portuguesa na África. O policiamento comunitário foi implantado no Brasil em 1997, através de uma parceria co m o Japão.

Nos últimos dias 28 e 29, o comandante geral da PM paulista, coronel Álvaro Batista Camilo, e o diretor de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, coronel Luiz de Castro Júnior, estiveram em Brasília para apresentar o projeto ao Ministério das Relações Exteriores e à Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA). São Paulo representará o Brasil, transmitindo a ideia de uma nova forma de policiamento que respeita os direitos humanos e aproxima a polícia da comunidade.

O convite para a apresentação da proposta pela PM foi feito em junho pelo Ministério das Relações Exteriores, representando o governo brasileiro, e pela JICA, que representou o japonês, para compor o Programa de Treinamento de Terceiros Países (PTTP), abrangido pela Parceria Brasil-Japão, operacionalizada no país pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC). A aliança entre esses países objetiva transferir conhecimento para países de terceiro mundo em áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento local, como saúde, agricultura e gestão urbana. Até agora, não havia nenhuma proposta desse programa na área de segurança pública.

A proposta será avaliada. O coronel Castro acredita que o programa seja aceito ainda em 2010 e que seja elaborada uma programação para início em 2011. O calendário inclui cursos de Polícia Comunitária ministrados em São Paulo e o envio de PMs para os países, onde serão responsáveis por dar qualquer suporte necessário para a implantação da filosofia.

"Os policiais militares de São Paulo atuarão como multiplicadores nestes países, difundindo a filosofia da Polícia Comunitária, com características adaptadas à realidade brasileira, para os 30 países", afirmou o coronel Castro.

Para o comandante da PM, coronel Camilo, a Polícia Comunitária é um exemplo a ser seguido, e foi uma das ferramentas para diminuição dos índices de criminalidade no estado. "Hoje um cidadão denunciar crimes à polícia é justamente resultado da melhora do relacionamento entre o cidadão e a polícia, o que é fundamental para a segurança pública. Por isso a polícia de São Paulo trabalha com três princípios básicos: forte gestão - investimento em equipamento - na área de direitos humanos e a Polícia Comunitária.

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