O Ceará também tem a sua polícia comunitária, ou de proximidade, como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro.
O programa Ronda do Quarteirão foi uma das promessas da campanha de Cid Gomes (PSB) ao Governo do Estado, em 2006, mas especialistas - e estatísticas - apontam que, apesar da inovação, a criminalidade continuou a aumentar.
César Barreira, pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC), afirma que, no Ceará, não são necessárias megaoperações como a ocorrida no Rio de Janeiro.
Segundo ele, as facções criminosas que atuam em Fortaleza estão menos avançadas na “privatização” das comunidades. “É ainda leve”, diz o professor.
Ele acredita que ações de aproximação dos agentes estatais com a comunidade, como as UPPs, são mais eficientes no combate ao tráfico na Capital do que o confronto militar.
Luiz Antônio Machado, sociólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acrescenta que, no contexto nacional, os principais problemas a serem enfrentados são o treinamento policial, as características próprias da corporação e a corrupção policial.
Já especificamente sobre o Ronda, Barreira concorda que os obstáculos são parecidos, e enfatiza a questão do treinamento, que, segundo ele, deveria ter sido mais voltado à resolução de conflitos sociais “já que havia uma situação muito específica do Ronda que era trabalhar com os jovens policiais”.
Quatro anos depois da implantação do programa, o major Plauto Roberto afirma que o Ronda está “menos interativo” com as comunidades cobertas pelo programa. Isso estaria fazendo com que o policiamento do Ronda esteja “caminhando” para igualar-se ao dos demais setores da Polícia Militar. “Acendeu uma luzinha amarela”, diz o major.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2010/12/04/noticiabrasiljornal,2073940/na-experiencia-cearense-de-policia-de-proximidade-luz-amarela-acendeu.shtml
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