Governador abre diálogo com o MST

Diário do Pará
No mês em que se completam 15 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, onde 19 trabalhadores sem-terra foram assassinados pela Polícia Militar do Pará, uma comissão do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) se reuniu com o governador Simão Jatene em um encontro que poderá ser o pontapé para estabelecer o diálogo entre o poder público estadual e o movimento.
Tanto o governador quanto o coordenador estadual do MST, Eurival Martins, o Totô, consideraram o primeiro encontro positivo e anunciaram nova reunião para o dia 26, quando os sem-terra entregarão a pauta de reivindicação do movimento para o governo. Com este passo dado, a previsão é que o já tradicional “Abril Vermelho”, realizado todo mês que marca mais um ano do massacre, desta vez seja feito apenas de ações didáticas e culturais, sem invasões de terra, como sempre ocorre no país inteiro.
“Há uma demanda real por parte do movimento que só pode ser resolvida com disposição do governo”, explicou Eurival Martins. Além de demandas por áreas estaduais para assentar trabalhadores rurais acampados, Eurival disse que também há demandas por áreas municipais e da União, portanto, a agenda será apresentada a todas as esferas de governo.
Ele citou que a agenda de reivindicação terá três eixos: terra, infraestrutura e programas sociais. “A reforma agrária só dará certo se as coisas funcionarem em conjunto, senão o desenvolvimento não chega aos assentamentos”, especifica Eurival. Ele ressalta que destes três itens não há prioridade absoluta e que os três estão atrelados, mas a terra é a base principal do movimento.
Quanto à mobilização pelos 15 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, o coordenador afirma que não depende da relação com o governo estadual e assegura que a agenda de ações ainda está sendo construída, tanto para a capital quanto para Eldorado.

Um comentário:

  1. 1) Não foi massacre, foi confronto;
    2) A PM não é assassina, representa o Estado, legalmente constituida e empregada;
    3) Vagabundos e oportunistas políticos tentam, como sempre fizeram (MST), mamar nas tetas do Estado, ou seja, do povo!
    4) Se fosse nos EUA, ou nos países ricos da Europa, não tinha tido toda essa repercusão, nem apareceria "gringos" dizendo o que fazer, ao governo.

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