Irreverência, a marca de Hélio Gueiros

Bom humor, irreverência e um tom que muitas vezes beirava o deboche. Essas eram as marcas registradas do advogado, jornalista e político Hélio Mota Gueiros.


Ele nasceu em Fortaleza (CE) no dia 12 de dezembro de 1925. De uma família de classe média baixa, veio para Belém ainda menino. O pai, Antônio Teixeira Gueiros, um pastor presbiteriano havia sido convocado para organizar a igreja no Pará.

Foi aqui que a família tomou contato com aquele que seria um dos mais poderosos caciques da política paraense e que mudaria os rumos dessa história: Magalhães Barata.

Gueiros ainda sonhou seguir os passos de um bem-sucedido primo, que era advogado. Fez curso em Fortaleza e, quando voltou para Belém, foi convocado por Barata a seguir para Santarém, como promotor.

Numa conversa com o DIÁRIO, no ano passado, o ex-governador confessou que a princípio não gostou muito da ideia, mas acabou convencido pelo pai que recomendou não contrariar Barata.

Durante os primeiros meses do ano passado, Gueiros recebeu o DIÁRIO para uma série de conversas sobre a política do Pará.

Sempre bem humorado, contou que fora um garoto rebelde. “Eu era terrível e apanhava todo dia. O detalhe é que minha mãe é que chorava. Coitadinha. Aí eu pensava: não posso fazer isso porque minha mãe é que vai chorar, mas no dia seguinte já estava aprontando”, contou, numa referência carinhosa à mãe Zoé Gueiros.

Hélio fazia questão de receber as visitas no escritório, sempre posicionado atrás da inseparável máquina de escrever, equipamento que usou até os últimos dias para datilografar suas crônicas e as notas da coluna que publicou, até meados do ano passado, nas edições de domingo deste jornal.

Quando interrompia a escrita era capaz de passar horas contando histórias, sempre cheias de graça.

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