Cães da PM: uma tropa de elite que ganhará coletes à prova de balas

A imagem de dois pastores alemães da Polícia Militar de Minas Gerais sendo velados com honras militares, no último dia 20, ganhou as páginas de jornais e virou destaque na internet. O que todo mundo pensou na hora, com certeza, foi: será que é assim em todo lugar?
No Rio, sim. A Companhia de Cães da PM também trata seus 123 cachorros como verdadeiros soldados de quatro patas. Assim como os homens e mulheres, eles também têm uma rotina de treinamento, horário de trabalho, tempo de serviço e uniformes. E, agora, contarão também com coletes à prova de balas — com capacidade para segurar tiros de pistolas 9mm, .40 e 3.57.
— Nós desenvolvemos o colete e a ideia é usá-los na Copa de 2014 — disse o comandante da Companhia de Cães, tenente-coronel Marcelo Nogueira.
O colete protege os cães na parte do pescoço e peitoral (barriga e costas). Uma proteção para a cabeça não está descartada, segundo o tenente-coronel Nogueira:
— Estamos vendo ainda se teria como fazer uma espécie de capacete.
De acordo com o oficial, desde que trabalha na companhia — ele entrou em 1996 e, dez anos depois, assumiu o comando da unidade — não houve casos de cães mortos por tiros.
— Já tivemos um cão, o Toby, que ficou cego de um dos olhos por causa de um tiro de fuzil que resvalou nele — contou.
Para evitar outros acidentes do tipo, os cães já contam com óculos de proteção. Difícil é fazê-los parar quietos para colocar o apetrecho. Mas, depois de paramentados, eles parecem esquecer qualquer incômodo.
— Nossos cães estão sempre prontos para o trabalho. É só serem requisitados para agirem — disse o tenente-coronel Nogueira.
Ele lembrou que na última participação da compangia numa operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Jacarezinho, em 29 de abril, foi achada uma tonelada de maconha. Graças ao faro apurado dos soldados de quatro patas.

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