Dividir o Pará, pode. A Bahia, não. Como é isso, Duda?

No último fim de semana, o jornal "O Estado de S.Paulo" revelou que o publicitário Duda Mendonça será o responsável por criar a campanha em favor da separação do Estado do Pará em três.
Dono de fazendas no Estado, Duda seria, ainda, um entusiasta da ideia.
Para o marqueteiro, o Pará não deve ter as qualidades transcedentais de sua Bahia natal.
Afinal, foi Duda o responsável por criar um famoso vídeo acima em que Maria Bethania, sentada num banquinho e com uma trilha incidental de "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso, declamar um texto em que dizia que dividir a Bahia seria separar "Castro de Alves", "Ruy de Barbosa", "Mãe Menininha do Gantois" e por aí vai.
A ideia de fazer um plebiscito pela divisão da Bahia surgiu em 1982, e foi abortada de pronto _muito graças à comoção criada pelo vídeo de Duda.
Em seu livro "Casos & Coisas", Duda narrava em tons épicos a campanha, a forma como escreveu o texto de bate-pronto e como Bethania também se vestiu das cores da Bahia para declamar o texto.
Resta saber quem será a musa do separatismo paraense. Tem que ver isso aí, Fafá de Belém!

Um comentário:

  1. Caro amigo, Cel. Costa Júnior,

    Foi muito boa essa sua postagem porque ela, de certa forma, confirma que os argumentos usados pelos separatistas,principalmente os do sul e sudeste do Pará, são um ingodo, não resistem à mais débil análise econômica, política ou social. O que eles argumentam com mais vigor? É que vivem "esquecidos" pelo governo em todas as suas esferas. Não é bem assim: a região de Marabá, por sua posição estratégica, e o senhor sabe muito bem isso, recebeu investimentos vultuosos nos últimos 40 anos, a ponta de ter praticamente eliminado toda a suacobertura vegetal original transformando-a em pastagem. E há aínda minérios (nem falemos da Vale),há potencial elétrico a eser explorado. Agora,não se pode querer que uma região inóspita, selvagem, se transforme numa Califórnia do dia para anoite. O processo civilizatório é longo e devagar. Sim, no Tocantins foi tudo rápido. Lá, além de ser serrado, não respeitaram nenhuma lei ambiental natural e já começam a sentir os reflexos. Diga-me: um homem do campo, dessas do juquiral, vive melhor no Tocantins ou no Pará? Não mudou nada para esses.Mudou para que detem capital. Assim comom no interior do Pará. Mas o governo não deixou esse pessoal que veio de Minas, Maranhão, Rio Grande do Sul, Espírito Santo em situação pior àquela que viviam em seus estados de origem. Do contrário, teriam voltado. O problema é que, como na colonização do Brasil, vieram poucas pessoas qualificadas, uns malandrões para explorar essa leva de ignorantes, e botaram o carro pra andar. O governo que corra atrás com escolas, hospítais, transportes. A culpa do governo foi não planejar essa ocupação. Deixar tudo ao Deus dará. Mas é um pouco demais essa gente que chegou aqui sem eira nem beira agora querer usurpar um vasta fatia do território paraense, conquistado às duras penas por nossos antepassados, e mantido com todo o orgulho de quem é paraense. O Pará é um estado diferenciado por sua cultura, sua história, suas peculiaridades regionais e diversidade biológica, sua diverwsidade de atrativos turísticos. Não podemos deixar que forasteiros venham aqui surrupiar o que nosso! Do mesmo modo, sou contra a divisão do Rio Grande do Sul, da Espanha, da Bahia. Não são os território pequenos que asseguram o desenvolvimento de um lugar. Assim fosse, Sergipe seria a nossa Califórinia, e a Califórnia o Sérgipe dos Estados Unidos. Tudo é questão de modelo dedesenvolvimento, de segurança jurídica e comando político. Isso nós não temos, precisamos construir, mas não por isso que vamos fatiar o Pará em todos os sentidos.
    Nem mesmo oargumento dos defensores do Tapajós são convincentes. O Tapajós não é muito diferente do resto do Pará. Afinal, foi colonizado por portugueses, negros e cearenses misturados com uns índios e uns outros tipos que vieram seesconder na região. A Maria do Carmo disse outro dia que o Santareno não toma açaí nem tacacá. Não é verdade! Em Santarém mesmo já tomei tacacá numa feira de livros e numa banca no trapiche do turismo. Açaí já vi em muitas casas,e quandos os mocorongos vem a Belém a primeira coisa que fazer é passar numa dessas bandeiras vermelhas para comprar açaí.

    Depois eu volto.

    Grande abraço

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