Coronel diz que é difícil evitá-los. Cientista político contesta essa tese.
DILSON PIMENTEL
Da Redação (O Liberal)
O ódio e a vingança motivaram 85% dos 1.179 assassinatos no Pará de janeiro a maio deste ano, aponta o Centro Estratégico Integrado (CEI) do governo estadual.
Muitas dessas mortes têm ligação com o tráfico de drogas. São usuários que perderam a vida porque estavam devendo a traficantes. Ou, ainda, traficantes que matam, ou mandam matar, para demarcar território.
Há, também, os homicídios cometidos por pessoas que, se devidamente avaliadas clinicamente, podem ser portadoras de sociopatia (transtorno de personalidade anti-social), como destacou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Solano. Essas pessoas, explicou ele, não têm controle emocional, limite emocional e nem valores. "Esse sentimento de perda de valor - valor moral, valor sentimental - propicia que essa pessoa perca o limite das nossas relações. Das relações de cordialidade, por exemplo", afirmou.
E esse comportamento hostil poderá se manifestar por meio de gestos e de palavras, não precisando, necessariamente, e nesse contexto, chegar ao ponto de matar alguém. Mas, por outro lado, esse indíviduo pode, sim, tirar a vida de alguém.
E esse comportamento hostil poderá se manifestar por meio de gestos e de palavras, não precisando, necessariamente, e nesse contexto, chegar ao ponto de matar alguém. Mas, por outro lado, esse indíviduo pode, sim, tirar a vida de alguém.
E, para cometerem atos violentos, observou ainda o comandante da PM, certas pessoas não precisam de arma de fogo. "Há pessoas que são, elas próprias, armas, pois são fortes (fisicamente) diante das pessoas que estão sendo vítimas", completou. É o caso dos crimes passionais, onde os homens usam a compleição física para atacar suas companheiras e, muitas vezes, matá-las com as próprias mãos, enforcando-as. O coronel Solano disse que vários objetos que podem ser usados como armas estão nas próprias casas dos cidadãos: martelo, chave de fenda, faca de cozinha. "As armas estão disponíveis. O que evita que sejam usadas no cotidiano são os limites, os valores que você cria desde a sua concepção familiar, escolar e social", afirmou.
Para o comandante da PM, nos casos quem envolvem sociopatia só há como evitar o crime se essa pessoa cometer um deslize: ele ameaça, a vítima procura a Polícia, que vai investigar o caso. "A vítima denuncia, entra a investigação e vamos chegar no autor da ameaça. Fora isso, e se ele não falar, não comentar, se simplesmente tiver a intenção, ninguém segura", explicou. Aí, após o crime, entra a investigação, feita pela Polícia Civil, "para não deixar que fatos dessa natureza, já que a perda de uma vida é o maior dano, fiquem impunes".
Cel
ResponderExcluirSeria bom, comentar a recente pesquisa Vox Populi, divulgada no Jornal O Liberal, edição de 03/7/11, que mostra que apenas 4%, da população, aprova a Segurança Pública do Estado do pará, e 68%, acham que a segurança Pública, está péssima.
Um Abraço.
George cardoso