Ações integradas garantiram a segurança de fiéis durante a Trasladação

Mais de um milhão e cem mil pessoas acompanharam, na noite do último sábado, 8, a Trasladação, a maior das procissões em honra a Nossa Senhora de Nazaré depois do Círio. A estimativa parcial é da Polícia Militar, mas o número final ainda será confirmado pelos órgãos de segurança do Estado. Para garantir a segurança dos participantes daquela que já é chamada de Procissão das Luzes, foi organizado um grande esquema integrado de atuação envolvendo Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Detran, Perícia Científica e Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará.


Um grupo de 540 policiais militares trabalharam durante a Transladação, divididos entre as estações da corda, o grupamento de retaguarda, guarnições dispostas nas travessas por onde passou a procissão e ainda no patrulhamento com veículos nas áreas próximas e no posto fixo instalado ao lado da Basílica Santuário. O monitoramento também foi feito através de 70 câmeras, nove delas distribuídas no trajeto da romaria noturna. Um helicóptero também foi utilizado para dar apoio na mega-operação.

“Estamos ocupando esses espaços para evitar qualquer tipo de problema”, explicou o coronel Roberto Damasceno, que fez questão de trabalhar voluntariamente. “A maioria dos policiais que estão atuando nessa operação são voluntários. Nós entendemos que esse serviço também é para mostrar a nossa disposição para Nossa senhora de Nazaré. É honrar a nossa farda e honrar o Círio”.

Três hospitais de campanha do Corpo de Bombeiros e sete postos da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) foram montados ao longo do trajeto. Os dois órgãos trabalharam em parceria com a Cruz Vermelha para atender os romeiros.

A estudante Thays Lima machucou o pé no momento em que a corda era atrelada à berlinda. Com dificuldades para andar, ela foi conduzida ao hospital de campanha montado na Travessa Quintino Bocaiúva, à esquina da Avenida Nazaré, e lá mesmo recebeu os primeiros-socorros e foi medicada. “Não pensei que esse trabalho fosse tão organizado e que o atendimento fosse realmente imediato, como foi. Fui muito bem atendida e já me sinto melhor, a minha única preocupação é como vou pagar a minha promessa agora”, comentou.

O trabalho dos Bombeiros foi focado no atendimento e na prevenção. A maioria das ocorrências envolveram crianças perdidas e mal estar súbito e entre os fiéis que acompanhavam a procissão. Porém, a maior preocupação é sempre com o show de fogos. Mesmo com todo os cuidados tomados antes do início das festividades, os riscos existem, como explica o Tenente Coronel Roger Teixeira, que comandou a Operação da Transladação.

"Trabalhamos essencialmente na prevenção, mas estamos preparados para o caso de algum incidente. É importante também que as pessoas se cuidem antes de sair para a caminhada, que se alimentem bem, tomem bastante líquido, vistam roupas leves e, no caso da procissão de domingo, se protejam do sol. Essas medidas podem ajudar a diminuir o número de ocorrências que temos durante o trajeto”.

Esse é o quarto ano seguido que o Tenente Coronel Roger trabalha no Cirio de Nazaré. “Como paraense eu me sinto no dever de estar aqui, e a cada ano é uma experiência nova, o público sempre aumenta e nós, felizmente, sempre conseguimos atender a demanda. Para mim é extraordinário participar desse momento”.

Dani Filgueiras - Secom



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