Vice-Almirantete(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino
O mais recente jogo de futebol entre as seleções brasileira e argentina, ontem, 28/09/2011, em Belém do Pará, reservou aos brasileiros patriotas de outras longitudes e latitudes uma grata e emocionante surpresa.
Antes
do embate esportivo e após a execução do hino do país “hermano”, a
banda de música deu início ao Hino Nacional brasileiro, belissimamente
executado. Só que se limitou à pequena introdução, que se fez comum nos
campos desportivos mundo afora e que fere uma antiga legislação, que
proibia que se mutilasse o símbolo pátrio, que sempre deveria ser
executado na íntegra e, se cantado, nas suas duas partes.
A
surpresa adveio do eletrizante fato de, uma vez emudecida a banda,
continuar a multidão, de cerca de quarenta mil pessoas, a entoar, a
plenos pulmões e com toda a emoção, a bela canção pátria dos
brasileiros, a mais linda do mundo!
Uma
corrente eletrizante percorreu o corpo e a alma de todos os que
assistiram a tão único e vibrante episódio, “in loco” ou pela televisão.
Até o brincalhão Neymar chegou às lágrimas diante do maravilhoso
espetáculo, proporcionado, em uníssono e espontaneamente, por aqueles
brasileiros anônimos, que assim proclamavam, de forma tão forte e
comovente, seu amor ao bendito País natal.
Os
paraenses, homens, mulheres, crianças, idosos, filhos da Amazônia
brasileira e descendentes legítimos de seus bravos desbravadores, todos
mostraram que conhecem o Hino Nacional e têm prazer em cantá-lo.
Paralelamente, verifica-se que as escolas e os professores de lá ensinam
seus alunos a cultuarem, amarem e respeitarem os símbolos nacionais.
Que bom se tão belos exemplos se ramificassem e aplicassem por todo o
território de Santa Cruz, em tantas partes com populações tomadas pela
descrença, pelo nihilismo e pelo cinismo que tanto refletem os péssimos
exemplos dados pelos homens e mulheres investidos e dotados de poder
sobre a sociedade, que tão mal vêm exercendo!
Jamais
me conformei com o desrespeito do público ao Hino, em pugnas esportivas
em outras plagas tupiniquins, com os presentes não observando silêncio,
postura correta, não o cantando ou continuando a andar, falar,
gesticular, inclusive os notórios cronistas esportivos!
Nunca entendi ou aceitei o fato de os
jogadores brasileiros, ao contrário de tantas equipes estrangeiras, que
bradam aos céus o orgulho pátrio, manterem-se calados durante a
execução do Hino, ou balbuciando algumas palavras, fingindo conhecer-lhe
a letra. As câmeras de televisão, implacáveis, vem sempre mostrando
essa triste e inaceitável realidade!
Os
paraenses lavaram a alma dos brasileiros verdadeiros! Deram-nos novas e
fundadas esperanças em relação ao futuro. Havendo amor e dedicação à
Pátria e aos seus símbolos por parte do povo, nem legiões de traidores e
canalhas serão capazes de obstar nossa caminhada rumo à grandeza, à
felicidade, à paz e ao progresso!
Deus abençoe o Pará e seu povo! Deus salve o Brasil!
Rio de Janeiro, RJ, 29 de setembro de 2011.
PS.
Mano Menezes, ensina e treina, rapidamente, os jogadores convocados
para a seleção a cantarem, com entusiasmo e força viril, o Hino
Nacional. Aposto que seu desempenho, fora e dentro do campo, melhorará
muito e passarão a ser, autêntica e verdadeiramente, representantes do
Brasil!
CBF,
assume uma função educativa e congrega a mídia esportiva para dar bom
exemplo e incentivar o povo a respeitar e cantar bem o Hino em todos os
momentos em que se reúna para assistir a ou participar de uma disputa
desportiva!
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