MÍDIA: o âncora, a opinião pública e as vítimas!


O trabalho de um âncora de um telejornal, ou de um programa jornalístico de rádio tem uma importância fundamental, nos dias atuais, para situar o telespectador ou o ouvinte, mostrar a notícia de outro ângulo, contextualizar a matéria e fazer os comentários pertinentes sobre o calor dos acontecimentos em seus aspectos políticos, sociais, culturais, ambientais ou econômicos. Por isso a expressão: Âncora. Assim como, no sentido denotativo, o material serve para fixar o navio, no conotativo, o profissional de comunicação atua como agente fixador da mensagem. Daí a sua importância, pois dá lastro, segura audiência, garante o IBOPE.
Da mesma forma, a responsabilidade pela emissão de suas opiniões sobre os fatos narrados é inerente a esta função. O conhecimento de causa, das peculiaridades, dos detalhes é importante para uma opinião condizente com o que se apresenta. Atitudes intempestivas, eivadas de preconceitos e de forma generalista, retiram a credencial do comunicador perante seus públicos, ou seja, os ouvintes ou telespectadores.

Nesta manhã, lamentavelmente, o Âncora da Rádio Band News, esqueceu-se dos princípios básicos do comunicador: Ele fala para todos e não somente para alguns. Não dignificou o seu juramento, se é que o fez.
Primeiro que este cidadão desconhece a História de um dos Batalhões Centenários da Polícia Militar do Estado de São Paulo, segundo que generaliza colocando a Unidade – que tantos bons serviços prestou, e ainda presta à sociedade paulista – no senso comum. Terceiro que não são os policiais que se auto-intitulam tropa de elite. É a sociedade que os intitula! Gostaria de saber o que há de engraçado e trágico na opinião da população? Não existe esta nomenclatura na PM Paulista. No máximo é uma Unidade especializada como outras na Instituição.

Agora, o mais grave, quando um agente de comunicação, de expressão nacional, diz em alto em bom tom, na Rádio Band News, hoje, - 01 de dezembro de 2011, às 07h45 o seguinte trecho de seu comentário sobre a notícia que foi levada ao ar: “... o que é mais engraçado e trágico ao mesmo tempo é que eles se auto - denominam polícia de elite. Rota é a polícia de ... Isso é elite, faço ideia o que é a ralé. Faço ideia o que é a ralé da polícia, se a elite é essa porcaria que age desta maneira, faço ideia o que é a ralé.”
A PM Paulista, não foge às responsabilidades! Somos implacáveis em não tolerar desvios de conduta. Toda nossa ação é clara, transparente e legalista.
Engraçado não é nem um pouco, pois o “senhor das palavras” do rádio brasileiro, se esquece que suas palavras calaram fundo no coração, como um punhal, da imensa maioria de heróis anônimos que de dia e de noite, na chuva ou no sol, dão a vida para salvar, para resgatar, para dar ao próximo alento, atenção, e no desespero de quem precisa, leva esperança para que a dor seja minimizada, e que a alegria seja restituída.

Trágico é uma pessoa arrogante, sem conhecimento de causa, preconceituosa, jogar na lama o brio de todos os policiais do Estado. O que esse “senhor das palavras” quis dizer é que profissionais que entram ou acabaram de entrar na Instituição Paulista de 180 anos, ou aquele que trabalhou a vida toda, e está prestes a se aposentar não tem valor nenhum. (Sem dizer dos que estão na Reserva ou reformados, ou ainda, na memória dos que partiram mas que deixaram aqui herdeiros).
Esquece-se o nobre comunicador que para se comunicar, além das palavras, o tom também comunica. Percebe-se o ódio no ar. Isto não leva a nada. Só o desclassifica.

Lamentável, para a Rede Bandeirantes de Comunicação.
Lamentável para o Jornalismo brasileiro. O que se depreende é que a honra de 100 mil policias foi jogada no lixo.

Na PM não existe ralé, nem tão pouco elite. O que existe são profissionais comprometidos com o cidadão, e para isso, se necessário for, cortamos na própria carne. Exemplo que poderia ser seguido.

Centro de Comunicação Social da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

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