MINISTÉRIO PÚBLICO E POLÍCIA CIVIL AGILIZAM INQUÉRITOS POLICIAIS

O Ministério Público do Estado e a Polícia Civil, por meio do promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) Criminal, Licurgo Margalho Santiago, juntamente com a delegada e corregedora-geral da PC, Nilma Maria Nascimento Lima, reuniram-se, nesta quinta-feira, 1, para tratar da alimentação de dados para o inqueritômetro - sistema que acompanha os inquéritos policiais e denúncias criminais relativos a homicídios tentados e consumados. O objetivo da reunião foi preencher o relatório circunstanciado sobre o diagnóstico das dificuldades de investigação de homicídios com base em experiências colhidas na execução da chamada meta 2 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp). "Com esse relatório, vamos preencher todos os pedidos de informações e mandar para a Enasp para avaliação", explicou o coordenador do CAO Criminal. A Enasp significa Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública. É um órgão formado pelo Ministério da Justiça em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Da Enasp surgiu o grupo chamado Persecução Penal justamente para investigar aqueles inquéritos de homicídios tentados e consumados que estavam parados até dezembro de 2007.
Promotor Licurgo e delegada Nilma
PROMOTOR LICURGO SANTIAGO E DELEGADA NILMA LIMA
"A partir desse momento, formou-se o grupo de Persecução Penal e cada gestor nos Estados teve a incumbência de investigar e procurar ver quantos inquéritos ainda não haviam sido concluídos. Nessa apuração, o Ministério Público do Pará detectou inquéritos policiais de homicídios tentados e consumados ainda sem conclusão", ressalta Licurgo Margalho. O levantamento fez parte da meta 1. Os dados foram encaminhados para a Polícia Civil para dar agilidade aos inquéritos. "Logo que recebemos os dados do Ministério Público do Estado, em uma primeira reunião realizada em 19 de janeiro desse ano, entramos em contato com os delegados de todo o Estado. Já no segundo encontro que tivemos com o MPE, já pudemos apresentar uma redução para 1,6 mil inquéritos até porque alguns já estavam encaminhados e ainda não havia baixa no sistema”, esclarece a corregedora-geral da Polícia Civil, delegada Nilma Lima.

"Já tivemos informações de que os recentes levantamentos apontam para o oferecimento pelo MPE de 400 denúncias formuladas com base nos inquéritos policiais enviados pelos nossos delegados, o que é um número muito positivo”, ressalta. O promotor de Justiça destaca que "após contato com a corregedora, nos unimos e começamos a nos mobilizar e agora estamos na segunda fase, a meta 2, acompanhando o andamento desses processos”, completa Margalho. Os gestores estaduais do Ministério Público e da Polícia Civil, responsáveis pelo inqueritômetro, destacam que a repercussão do trabalho das duas instituições vai garantir o sucesso das metas 3 e 4, que cabem ao Poder Judiciário, pois a agilidade nas primeiras metas vai acelerar a chegada de novos processos para julgamento nas varas criminais.

O coordenador do CAO Criminal lembra também a importância que tem para todo esse processo a recomendação expedida pela Corregedoria-Geral do MPE aos promotores de justiça com atuação no Tribunal do Júri para que estes informem sempre, até o dia 30 de cada mês, o andamento de todos os inquéritos de homicídios tentados ou consumados, instaurados até 31 de dezembro deste ano, para garantir o preenchimento regular do inqueritômetro pelos gestores estaduais da Enasp. “A alimentação do inqueritômetro vai até abril de 2012, conforme determinação do Enasp e, mesmo depois dos inquéritos virarem processo, é preciso informar o andamento das denúncias resultantes dos inquéritos. Os promotores de justiça do interior tem dado uma grande colaboração no fornecimento desses dados”, finaliza Margalho. Os últimos dados mostram que o Pará deu um salto significativo no ranking da evolução da meta 2, pois subiu de 31,6% para 63,1% na escala estatística da Enasp.
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