No horário do almoço de hoje, sentei ao lado de um policial militar à paisana que me cumprimentou. Estávamos numa agência do Banpará.
Era um cabo da nossa corporação que informava estar em processo de aposentadoria.
Sua aposentadoria trata-se de REFORMA, pois está sem condições de permanecer cumprindo escala de serviço por motivo de saúde.
Esse policial foi vítima de uma ocorrência que todos os integrantes da PM estão sujeitos, apenas por serem policiais militares.
O cabo andava em uma rua de seu bairro, dirigindo-se a uma parada de ônibus, quando foi alvejado com três tiros no fêmur da perna direita, por dois meliantes que acabavam de assaltar um mercadinho.
Não houve tempo de se abrigar, nem de se defender.
- Foi tudo muito rápido! - afirma.
Sem condições de poder permanecer na ativa, o cabo ainda carrega consigo a sequela de uma perna sete centímetros mais curta que a outra.
Casado e com dois filhos, ele é apenas mais um dos nossos registros estatísticos. Mas, é um registro doloroso para um profissional que sonhava ascender na carreira e promover dias melhores para sua família.
O cabo foi alvejado por aqueles meliantes, simplesmente porque foi identificado pelo uniforme como policial militar.
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