Domingo será de muita animação em Vigia

VIGIA

A aproximadamente 110 quilômetros da capital paraense a opção é Vigia. A cada ano, mais e mais foliões fazem da cidade de ruas estreitas o destino certo da diversão. “O município sempre foi marcado pelo carnaval mais tradicional, dos bailes nos salões, mas desde os anos 90 houve o “boom’ devido principalmente, aos blocos das Virgienses e dos Cabraçurdos”, avalia a secretária de Cultura, Desporto e Lazer do município, Izadora Almeida.

Izadora refere-se a uma tradição que na verdade se repete há 27 anos, quando os homens se vestem de mulher e saem às ruas para comemorar a Folia de Momo com muita irreverência e bom humor, no bloco as “Virgienses”. 

De acordo com um dos organizadores, Otávio Ribeiro (conhecido como professor Tavinho), o bloco surgiu de uma brincadeira descompromissada entre um grupo de amigos. “Era uma segunda-feira de carnaval e todo mundo só queria brincar. Juntaram virgem com vigiense, que é quem nasce aqui, e surgiu as Virgienses. Foi tão no improviso que escreveram o nome do bloco em um pedaço de papelão com uma pedra de carvão”, relembra. A partir de então virou mania, que hoje reúne cerca de 50 mil pessoas. “Sai homem vestido de mulher de tudo que é beco, uma alegria que contagia”, revela. A concentração do bloco começa amanha de manhã, no canto do operário, com o tradicional preparo da “caninha das virgienses” servida aos brincantes durante todo o percurso. 

A resposta feminina veio anos depois com o nascimento dos Cabraçurdos (que também sai amanhã). Bloco criado para as mulheres que eram impedidas de participar do bloco masculino. Embora menor, o bloco movimenta a cidade há 19 anos. Bigodes, botas, bonés e gravatas tudo vale na hora da animação.

“O melhor é que é tudo de graça. Tanto lá [Cabraçurdos], como aqui [Virgienses], quem tá passando na rua pode entrar. Aqui o carnaval é democrático”, garante professor Tavinho.

Além dos blocos mais famosos, diz Izadora, há os blocos de abadá, escolas de samba e os palcos montados pela Prefeitura. “A novidade deste ano é um palco voltado especialmente para as famílias na praça Olavo Rayol com apresentação de bandinhas tradicionais”, informa.
(Diário do Pará)

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