Os comités comunitários de segurança a operar nos bairros suburbanos
das cidades moçambicanas deverão deixar de operar com armas de fogo, a
partir de Março de 2012, nas suas acções de patrulhamento e prevenção
contra a criminalidade no país.
A medida deverá ser implementada
em regime experimental na cidade do Maputo, de acordo com Albino
Forquilha, director executivo da Força Moçambicana para Investigação de
Crimes e Reinserção Social (FOMICRES), organização não governamental
nacional constituída por elementos indicados pelos Ministérios do
Interior e da Administração Estatal.
Forquilha explicou que até
Março de 2013 far-se-á a avaliação dos resultados desta iniciativa,
acrescentando que a mesma será antecedida pela capacitação dos cerca de
300 membros dos comités comunitários de segurança, numa acção a ser
feita em coordenação com o Ministério do Interior.
A implementação
do programa conta com o financiamento de parceiros externos de
cooperação, num valor global de cerca de dois milhões de meticais.
Razões
Sobre
as razões da retirada de armas de fogo a estes órgãos, Forquilha
explicou que a medida tem a ver com “irregularidades, falta de
coordenação com a Polícia da República de Moçambique (PRM) e ainda casos
de crimes praticados pelos próprios agentes do policiamento comunitário
contra a população com recurso a armas de fogo”.
Entretanto, o
novo modelo prevê que a actuação destes comités comunitários seja apenas
restringida a acções de prevenção contra a criminalidade, através da
identificação de potenciais focos de crime nas comunidades.
“O
combate contra o crime com recurso a armas de fogo fica, exclusivamente,
a cargo da PRM”, enfatizou Forquilha, falando em entrevista ao Correio
da manhã, ajuntando que a medida tem também em vista “mudar a ideia
errada prevalecente sobre o funcionamento dos comités comunitários”.
Para
ele, “há uma percepção de alguns sectores da sociedade de que ser
membro destes órgãos é ser agente da PRM, para além de que alguns
integrantes dos mesmos até exigem armas para poderem trabalhar”.
Refira-que o país conta desde 2001, ano da sua criação, com cerca de 2730 comités comunitários de segurança.
http://verdade.co.mz/nacional/
Só espero que não copiem essa ideia aqui no Brasil. Seria o caos para nós policiais.
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