Com as UPPs, a dinâmica das drogas não mudou?

Coronel Robson Rodrigues/PMERJ:

 A gente percebe que a oferta das drogas foi reduzida, a apreensão aumentou e a oferta de drogas diminuiu.
E o resultado é um resíduo perverso que é o número de dependentes que não encontram [drogas] na quantidade que encontravam antes da repressão policial constante – mesmo porque há uma cobrança nesse sentido da própria sociedade e porque ficou por muito tempo relacionado como objetivo do programa acabar com o tráfico, o que é uma coisa absurda.

Uma das críticas era que o programa das UPPs não tinha dado certo porque o tráfico continua. E o policial se via como alvo desta ineficiência se isto ainda existisse. Então ele partiu mesmo para combater isto e medir sua eficiência a partir disto.

Mas a gente não vai acabar com o tráfico, a gente vai conseguir mudar os padrões de violência nessas localidades, que é o objetivo principal.
Precisamos refletir acerca de uma forma preventiva de atuar junto a essas gerações, que pelo menos não terão uma oferta muito grande [de drogas] e poderão ter projetos para canalizar esses esforços, essa força juvenil e infantil para atividades mais saudáveis nesse sentido.

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