Dilma engaveta projeto que previa 2.800 UPPs pelo Brasil


Policiais fazem ronda no bairro Uberaba, em Curitiba; capital paranaense recebeu neste ano a UPS (Unidade Paraná Seguro), inspirada nas UPPs do Rio - Guilherme Pupo/Folhapress
Policiais fazem ronda no bairro Uberaba, em Curitiba; capital paranaense recebeu neste ano a UPS (Unidade Paraná Seguro), inspirada nas UPPs do Rio - Guilherme Pupo/Folhapress

Promessa de campanha para área de segurança pública previa instalação de 2.883 unidades pacificadoras no país. De acordo com Planalto, recursos vão ser usados em outras ações, como combate ao crack e patrulha em fronteiras

O governo federal engavetou a principal promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff na área de segurança pública: instalar 2.883 UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) pelo Brasil.
Segundo o Ministério da Justiça, técnicos avaliaram o cálculo do projeto apresentado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva e encampado por Dilma na campanha como “superdimensionado”.
Ainda segundo técnicos, não haveria sequer efetivo policial suficiente em algumas cidades para instalar as UPPs.
Agora, de acordo com o Palácio do Planalto, os recursos inicialmente previstos para construção das unidades pacificadoras, que chegam a cerca de R$ 1,6 bilhão, irão para outras ações, como combate ao uso do crack e vigilância das fronteiras do país.
Implantado em 2008 no Rio de Janeiro, com recursos estaduais, o modelo das UPPs é um sistema de policiamento comunitário adaptado para áreas de risco. O eixo é a construção de bases de segurança que funcionam 24 horas por dia. Resultados positivos no Rio elevaram-no à condição de “grife” das políticas para o setor no país.
Em programa eleitoral veiculado em 21 de setembro de 2010, por exemplo, a então candidata Dilma prometia, como parte do PAC 2 (segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento), “mais de 2.800 postos de polícia comunitária” pelo país.

Jornal Agora MS

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