Rio -  Depois de um ano e quatro meses de ocupação por forças militares, começa hoje o processo de instalação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no Complexo do Alemão. O pontapé para a colocação das duas bases será uma megaoperação de varredura feita por 360 homens dos batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope) e de Choque (BPChoque). O objetivo da ação — que não tem data para terminar — será localizar armas, drogas e traficantes, remanescentes das quadrilhas que dominavam a área.

Aos poucos, as tropas do Exército serão substituídas por policiais militares, com o fim do processo de mudança previsto para junho. As primeiras comunidades a receber as UPPs serão Fazendinha e Nova Brasília. Os dois comandantes das bases já foram escolhidos, mas só os nomes como são chamados foram divulgados: major Edson, do Bope que estava cotado para comandar a UPP Rocinha, e capitão Rodrigues. A ação contará com apoio dos blindados dos dois batalhões e do helicóptero ‘caveirão aéreo’ da PM.

Ontem, comércio e escolas funcionaram normalmente, mas poucas pessoas comentavam a entrada da polícia no complexo. “Espero que seja para melhorar, né? As coisas mudaram, mas ainda há problemas diariamente”, relatou professora que mora no complexo há 20 anos. O Exército colocou militares nos acessos às comunidades.

Segundo o chefe da Comunicação da Força de Pacificação, coronel Fernando Fantazzini, houve confusão em bar no domingo, sem vítimas.

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