“Carinhoso”, “Saracotiando” e “Naquele
Tempo”, de Pixinguinha, são algumas das canções que serão apresentadas
neste sábado (28), às 20 horas, pela Orquestra Choro do Pará, que reúne
cerca de 50 músicos instrumentistas, no palco do teatro Maria Sylvia
Nunes, na Estação das Docas. O show encerra o primeiro módulo de
oficinas do projeto Choro do Pará, desenvolvido na Casa da Linguagem,
unidade da Fundação Curro Velho.
O evento é uma
homenagem do governo do Estado ao Dia Nacional do Choro, celebrado em 23
deste mês. No repertório, do além de músicas de Pixinguinha, haverá
composições de Jacob do Bandolim, Adamor Ribeiro, Yuri Guedelha, Paulo
Moura e Luiz Pardal. Segundo o gerente de Música da Fundação Curro Velho
e um dos coordenadores do projeto, Paulo Moura, o show é uma homenagem
ao músico Alfredo da Rocha Viana, o Pixinguinha.
O
regente da Orquestra Choro do Pará, Diego Leite, conta que nesse módulo
do projeto os alunos tiveram um crescimento no aprendizado. “Essa turma
foi a que mais se interessou, mais procurou saber sobre o choro, sobre
as linguagens, procurou crescer no seu instrumento individualmente.
Entrei para o Choro do Pará como aluno e hoje estou como regente e
instrutor de violão”, diz.
Os grupos como Charme do
Choro e Choramigando surgiram a partir das oficinas do projeto Choro do
Pará. Os jovens instrumentistas participam de oficinas de violão de
seis e sete cordas, cavaquinho, percussão e instrumentos solo. Edmar
Silva toca percussão e integra do grupo Choramigando. Para ele, o choro é
muito envolvente. “É um desafio tocar choro. É preciso ter muita
concentração e bastante disciplina”, afirma.
O
Choramingando é um grupo regional que toca repertório da orquestra do
choro e outras músicas do gênero. Eder dos Anjos toca clarinete e conta
que seu primeiro contato com a música foi aos 12 anos, no interior do
município de Vigia, nordeste do Pará. “Meu primeiro contato com
instrumento foi no interior onde nasci, Porto Salvo, em Vigia, em uma
banda para tocar ‘Alvorada’. Eu me interessei, estudei, me aperfeiçoei e
conheci o choro pelo meu professor Claudionor Amaral, um dos chorões
daqui de Belém”, explica o músico.
Percussão–
O grupo de Percussão Nova Geração é resultado da oficina de percussão
da Fundação Curro Velho em parceria com o Pro Paz nos Bairros, unidade
Guamá. Um grupo de 25 adolescentes participa do conjunto, que tem como
instrutor o músico percussionista Nazaco Gomes. O Nova Geração da
Percussão abre o show da Orquestra Choro do Pará. O Coral da Casa da
Linguagem também participa da programação.
A
superintendente da Fundação Curro Velho, Dina Oliveira, reforça que o
evento deste sábado é uma ação conjunta da instituição. “No momento em
que iniciamos uma campanha de doação de instrumentos de cordas, fazemos
esse trabalho de fomento ao gênero tão legítimo como o choro, e que o
projeto Choro do Pará trata com tanto respeito, dignidade e qualidade”,
frisa.
“Também oferecemos oficinas para
adolescentes, e muitos acabam ingressando e tocando em orquestras, até
gerando renda. Isso faz parte de uma política de governo, no sentido de
valorizar essa energia jovem fantástica. Temos uma orquestra e vamos
levar para o palco um resultado de oficinas feitas na Casa da Linguagem e
no Pro Paz nos bairros”, conclui Dina Oliveira.
Texto:
Andreza Gomes - FCV
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