Policiamento comunitário se espalha pelo Brasil

Secretaria Nacional de Segurança Pública já treinou 130.000 policiais e representantes da comunidade para promover atuação integrada contra criminalidade.

Por Cristine Pires para Infosurhoy.com – 11/04/2012


    A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro Dona Marta (foto), no Rio de Janeiro, foi implantada em 2008.  Hoje já são19 UPPs, beneficiando 1,5 milhão de pessoas de 74 comunidades. (Cortesia de Priscila Marotti)
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro Dona Marta (foto), no Rio de Janeiro, foi implantada em 2008. Hoje já são19 UPPs, beneficiando 1,5 milhão de pessoas de 74 comunidades. (Cortesia de Priscila Marotti)
 
PORTO ALEGRE, Brasil – A iniciativa do governo do Rio de Janeiro de pacificar favelas e depois aproximar os policiais da comunidade tornou-se a mais famosa experiência de policiamento comunitário do país.
Mas não é a única.
Todos os estados brasileiros já adotam essa estratégia na tentativa de reduzir a criminalidade e combater o narcotráfico.
Até o final de 2010, 130.000 agentes de polícia comunitária de todo o país foram treinados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.
Foram capacitados 81.000 profissionais de segurança pública (polícias civil e militar, bombeiro militar e guarda municipal) e representantes da comunidade em cursos presenciais. Na rede de ensino a distância da Senasp, 49.000 policiais receberam qualificação.
“A forma como é implantado o policiamento comunitário deve ser avaliada estado por estado”, explica Cristina Gross Villanova, diretora do Departamento de Políticas, Programas e Projetos da Senasp. “A secretaria possui uma coordenação específica para a implementação de polícia comunitária, em constante contato com os gestores estaduais.”
A Senasp executa o projeto de polícia comunitária desde 2006, quando foi criada a Doutrina Nacional de Polícia Comunitária, que busca uma atuação integrada entre polícia e sociedade.
“O objetivo maior é conhecer os problemas existentes e poder antecipar-se a situações de violência e criminalidade”, explica Cristina. “O profissional deve ser treinado para estar próximo e interagir com a comunidade, ter foco no policiamento orientado para a solução de problemas, construir, conjuntamente, alternativas não violentas para a resolução de conflitos.”

http://infosurhoy.com/cocoon/saii/xhtml/pt/features/saii/features/main/2012/04/11/feature-01

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente