Jatene assume compromisso de desmatamento líquido zero até 2020

Desmatamento zero líquido no Pará até o ano de 2020.
Este foi o compromisso que o governador Simão Jatene acabou de assumir durante a Conferência Sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada na cidade do Rio de janeiro. “O desmatamento líquido funciona da seguinte forma: qualquer área desmatada deverá ser compensada pelo plantio de floresta nativa. Ou seja, qualquer desmatamento terá de ser compensado com a restauração do que foi derrubado em alguma outra área já alterada”, explicou o governador.
O pronunciamento do chefe do Executivo Estadual foi feito na manhã desta quarta-feira, 14, no Espaço Humanidade, montado no Forte de Copacabana, durante um bate-papo mediado pelo pesquisador sênior do Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon), Beto Veríssimo, que teve como participantes o prefeito de Paragominas, Adnan Demacki, o procurador do Ministério Público Federal do Pará, Daniel Azeredo, e o presidente do Sindicato Rural de Paragominas, Mauro Lúcio Costa.
O governador paraense explicou que esta nova meta de desmatamento zero no Estado se dará através do que foi pactuado no Programa Estadual Municípios Verdes. “Desde que o programa foi lançado no Pará nós já conseguimos reduzir o índice de desmatamento de seis para três mil quilômetros quadrados no período de um ano. Precisamos ir além e ter coragem para cumprir essa meta de desmatamento zero até 2020. Para isso, é necessário fazer uma tripla revolução: pelo conhecimento, pela produção e por novas formas de gestão e governança”, enfatizou.
Para reduzir o desmate, o programa – criado em 2011 a partir da experiência de Paragominas – tem como linha de base a média anual de 6.255 Km²  de desmatamento (1996-2005), na mesma linha da meta federal.  Essa redução se dará em duas etapas, com uma diminuição para 2.104 Km²  até 2015 e depois para 1.233 Km2  até 2020, com a possibilidade de chegar a cerca de 300 Km² já nesta data.
A partir daí deverá vigorar o desmatamento líquido zero. “Sabemos que é praticamente impossível zerar totalmente o desmatamento, pois sempre haverá alguns resquícios, seja uma usina, ou uma obra de infraestrutura. A diferença é que, a partir de 2020, qualquer desmatamento terá de ser obrigatoriamente compensado com a restauração (replantio) do que foi derrubado em alguma outra área já alterada. E isso só será aceito com espécies nativas da região”, explicou o governador Simão Jatene.

Com colaboração de Jaime Gesisky (Assessoria do Fórum Amazônia Sustentável)


Texto:
Bruna Campos - Secom

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