SÃO PAULO - O Ministério Público Federal (MPF) pode
entrar com uma ação civil pública pedindo a intervenção federal em São
Paulo com o objetivo de garantir o fim da impunidade e de ações
violentas da Polícia Militar (PM) no estado. O procurador da República
Matheus Baraldi Magnani, na ação, também estuda pedir à Justiça Federal o
afastamento do atual comando da PM paulista. Os assuntos serão
debatidos nesta quinta-feira em uma audiência pública no auditório do
MPF, na capital paulista, que contará, também, com a participação de
movimentos sociais, da Defensoria Pública, do Conselho Estadual dos
Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e do Movimento Nacional de Direitos
Humanos (MNDH), entre outros.
Após vários episódios - entre eles a morte do bancário italiano
Tomasso Lotto, que estava acompanhado do filho do ministro da Justiça da
Espanha na ocasião, em São Paulo, e foi baleado por assaltantes, no
sábado; os assassinatos do empresário Ricardo Aquino, na capital, e do
estudante Bruno Vicente de Gouveia e Viana, em Santos, ambos na semana
passada e atribuídos a policiais militares; além de outros homicídios
cujos autores também seriam PMs -, o secretário de Segurança Pública
Antonio Ferreira Pinto admitiu, na segunda-feira, que, atualmente, o
estado vive uma "escalada de violência".Segundo estatísticas divulgadas hoje pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de homicídios no primeiro semestre subiu de 2.014 para 2.183, na comparação entre 2011 e 2012, um aumento de 8,39%. Somente na capital foram registradas 101 ocorrências do tipo em maio, contra 122 (aumento de 20,79%) em junho deste ano. Em janeiro, por exemplo, foram 84 homicídios na cidade. Ainda na capital, no segundo trimestre deste ano, 76 pessoas foram mortas em confronto com a PM, ante 64 no primeiro trimestre.
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