O governo do Estado em forma de desespero quer contratar policiais em
regime de designação temporária (DT), como já é feito no magistério. A
proposta é selecionar de 1.000 profissionais para atuar em guardas e
plantões internos nas companhias da Polícia Militar. Dessa forma, o
governo espera liberar policiais efetivos que ocupam esses postos para
reforçar a segurança nas ruas.
Os salários poderão ser de R$ 2.421,76 igualando a mesma remuneração dos
efetivos da PM que já esperam há algum tempo o realinhamento salarial
prometido pelo governo e até então nada foi feito no cumprimento da
promessa que foi feita para ser cumprida.
“Estamos mais uma vez após seis anos discutindo o mesmo assunto já
amplamente discutido anteriormente e que como bem sabemos não deu certo
nos estados onde foi implementado, querem criar um pseudo soldado e
vestir os mesmos com a mesma farda da briosa PMES pagando aos mesmos uma
ninharia e deixando os (DTS) sem nenhuma perspectiva de carreira, nós
vamos mostrar para a sociedade o quanto este governo está perdido na
Segurança Pública ao trazer uma ideia retrógrada como esta, se em seis
anos não resolveram o problema será que é agora que resolverão? Porque
não destinam verbas aos que querem regressar ao serviço ativo pra
desempenhar estas funções”, destaca Gava.
Salientamos ainda a inconstitucionalidade do referido projeto que fere
de morte a Constituição do Estado do ES no "Art. 44 O exercício das
funções de Policial Militar e de Bombeiro Militar é privativo do
servidor público militar de carreira, recrutado exclusivamente por
concurso público de provas e títulos, submetido a curso de formação
específica." não é possível que o próprio governo queira descumprir a
Constituição que deveria proteger e cumprir com um projeto desta
natureza.
Para o secretario de Segurança Pública, André Garcia essa medida é uma
forma emergencial de restabelecer o equilíbrio e aperfeiçoar o trabalho
da PM, que conta hoje com 7.700 policiais efetivos. O projeto foi
encaminhado a Assembleia Legislativa para ser votado pelos deputados.
Para muitos esta medida demonstra total despreparo de quem está à frente
da Segurança Pública no Estado. Imaginem uma pessoa contratada por um
período de um ano, tendo a disposição arma, viatura e todas as
prerrogativas de um policial militar, sem estar sob um regulamento. Qual
o compromisso que ela terá? Qual o grau de responsabilidade com a
instituição e com a comunidade ele terá, sabendo que em poucos meses
deixará de ser policial?
Pensar nisso causa certa preocupação a população. A falta de estrutura
capaz de formar novos soldados em números suficientes é resultado de
omissão dos gestores da segurança que há anos fecharam os olhos para
esta demanda e isso gerou a defasagem hoje existente dentro da PM. É
fundamental que todos os militares saibam que a PM já possui a ISEO e os
militares que voltaram da reserva para a ativa, além do bônus
pecuniário, sendo pagos com a rubrica de custeios da PMES, o valor
previsto na referida rubrica garante o pagamento destes serviços já
empenhados até um limite, será que é suficiente para pagar o ano todo?
“Nós não nos calaremos diante destas medidas desesperadas e que
prejudicam a nossa briosa PMES, estes políticos passam e a PMES
permanece, nos respeitem”. Finaliza Cabo Gava.
http://www.uniblogbr.com/2013/03/governo-desesperado-quer-contratar.html

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