Preparação com medidas de segurança para Mundial acontece desde 2011.
Além da capital, fronteiras do estado estão incluídas no plano de segurança.
Arena da Amazônia vai receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 em Manaus (Foto: Bruno Kelly/Reuters)
A Copa do Mundo já é ano que vem e, além das obras de construção da
Arena da Amazônia e da ampliação do Aeroporto Internacional Eduardo
Gomes, uma ação de segurança especial está sendo montada para prevenir
possíveis ataques terroristas durante o evento esportivo. A estimativa
dos órgãos de segurança pública do estado é que sejam investidos no
setor R$ 200 milhões.O coordenador da Unidade Gestora da Copa do estado (UGP-Copa), Miguel Capobiango, informou à reportagem que a prevenção está sendo feita desde 2011, com a orientação de profissionais do mundo todo. Segundo ele, foram montados 15 núcleos temáticos de segurança, que vão desde a área de comunicação até defesa de fronteiras, para evitar e saber agir em atentados terroristas. “É um trabalho das forças federais, estaduais e municipais trabalhando em integração”. Todos esses núcleos estão sendo coordenados pela Comissão Estadual de Segurança para Grandes Eventos (Coege).
Simulação de segurança para a Copa realizada em 2012, no Sambódromo de Manaus (Foto: G1 AM)
O vice-presidente da Coege e também chefe do estado maior da Polícia Militar, George Chaves, informou ao G1 que, durante a Copa, a Polícia Federal
ficará responsável pelo departamento de inteligência e defesa das
fronteiras, portos, aeroportos. Já a Polícia Civil deve coordenar todas
as atividades judiciárias, como investigações e registro de ocorrências,
além do grupo Fera, que trabalhará em ações rápidas de interferência em
situações de anormalidade. A Polícia Militar vai atuar em todos os 15
núcleos de segurança, e terá duas companhias especializadas em combate a
terrorismo: a de Manejo de Artefatos Explosivos (Marte) e a de
Operações Especiais.O comandante da Polícia Militar, coronel Almir David, disse que o grupamento Marte conta com 20 policiais habilitados para qualquer tipo de situação envolvendo explosivos. “Toda a equipe recebeu formação no Brasil e em outros países, como Colômbia, Argentina e Israel, e são especializados em casos antibombas, seja em caso de ameaça ou situação real. Além disso, vários trajes e equipamentos de neutralização estão sendo comprados para auxiliar”, informou.
Já o grupamento de Operações Especiais conta com 30 policiais militares capacitados para qualquer tipo de situação com reféns, alterações em presídios e tomada de estabelecimentos ou veículos. Além das Companhias especiais, a PM terá o apoio de 12 cães de faro, sendo oito treinados para encontrar entorpecentes, dois para farejar explosivos e dois para encontrar corpos. Além desses animais, mais 20 foram solicitados.
Segundo o comandante, caso alguma ameaça terrorista aconteça, será colocado em prática um plano de contingência em pontos sensíveis que está sendo feito em conjunto com as forças armadas. “Seja a refinaria de petróleo, os locais de distribuição de água e de energia, todos estão serão monitorados. Os pontos turísticos críticos, como Teatro Amazonas e Estádio, também”, afirmou. Para checar a eficiência dos núcleos de segurança, várias operações simuladas já foram feitas em locais como, aeroporto, sambódromo e Festival Folclórico de Parintins.
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