O ano passado, um levantamento feito pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com o Datafolha mostrou que a violência é uma experiência sentida diretamente por um de cada cinco brasileiros que vivem nas cidades com mais de 15 mil habitantes. São vítimas de sequestro, fraudes, acidentes de trânsito, agressões, ofensas sexuais, discriminação e furto e roubo de automóveis, motocicletas e outros objetos.
O levantamento, chamado de Pesquisa Nacional de Vitimização mostrou que a sensação de insegurança é maior nas ruas de Belém, Maceió, Fortaleza, São Paulo e São Luís. Segundo a pesquisa, em todo o país, 64,9% temem morrer assassinados, índice que sobre para 86,8% em Teresina, 80,7% em Belém e 80,6% em João Pessoa. Os crimes que provocam mais medo são ter a residência invadida ou roubada (71,9% têm medo) e ter objetos pessoais de valor tomados à força por outras pessoas em um roubo ou assalto (70,7%).
Ainda naquele estudo, Amapá (46%) e Pará (35,5%) foram os estados onde mais pessoas se disseram vítimas de algum crime ou ofensa nos 12 meses anteriores à pesquisa, realizada em dois períodos entre junho de 2010 a outubro de 2012. O levantamento da ONU divulgado ontem mostrou que o consumo de álcool e/ou drogas ilícitas aumenta o risco de cometer homicídio. Em alguns países mais da metade dos homicidas agiu sob a influência de álcool. Embora os efeitos de drogas ilícitas sejam menos bem documentados, cocaína e estimulantes do tipo anfetamina têm sido associados com comportamento violento e homicídio.
Armas de fogo são as armas do crime mais comumente utilizadas, causando quatro a cada 10 homicídios no mundo, ao passo que cerca de um quarto das vítimas são mortas com lâminas e objetos afiados e pouco mais de um terço morre por outros meios (tais como estrangulamento, envenenamento etc.) O uso de armas de fogo é particularmente prevalente na América, onde dois terços dos homicídios são cometidos com armas de fogo, enquanto objetos pontiagudos são usados com mais frequência na Oceania e Europa.
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