Em vez de "esculacho", o diálogo. No lugar de tiros, ações sociais. A "polícia que esculacha", que entra na favela pouco se importando em diferenciar bandidos de cidadãos de bem, tem tudo para virar coisa do passado. Ao menos em algumas comunidades do Rio de Janeiro, a boa relação entre policiais e moradores já é coisa do presente.
Esse é o trabalho das chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), criadas no ano passado pela Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro. Pesquisas recentes do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS) mostram uma fenomenal aprovação popular ao projeto. De 600 moradores de favelas onde as UPPs atuam, 93% responderam que se sentem agora "seguros" ou "muito seguros". Já uma abordagem com outros 600 moradores de favelas que ainda não contam com o projeto revelou que 70% dos entrevistados são favoráveis à implantação de UPPs em suas comunidades. Nessas regiões, 48% dos moradores disseram que se sentem "inseguros" ou "muito inseguros."
"Essas pesquisas indicam a satisfação da maioria absoluta dos moradores com a implantação da UPP em todas as áreas já contempladas", comemora o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, em entrevista ao Yahoo! por e-mail.
O conceito das UPPs é simples - ocupar as favelas com um grande efetivo policial, anulando a força do tráfico e ganhando a confiança dos moradores, tornando o local seguro. Mas a implantação na prática, claro, é trabalhosa.
"Há uma metodologia básica: a ocupação com a força policial de elite (Bope, Choque), a fase de transição para a entrada gradual dos policiais recém-formados e com curso de polícia comunitária e, finalmente, o estabelecimento desta forma de patrulhamento definitivamente", explica Beltrame.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/01032010/48/manchetes-upps-comeca-voltar-aos-morros.html
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