Novo comandante geral da PM assume na sexta-feira

Será na próxima sexta-feira, na Vila Policial Militar do Bonfim, que a Polícia Militar da Bahia empossará seu novo comandante geral, o Coronel Alfredo de Braga Castro, em substituição ao Coronel Nilton Régis Mascarenhas, atual comandante. Em comum, ambos têm no histórico funcional a passagem pelo Batalhão de Polícia de Choque, na condição de comandante.


Dentre as realizações do Coronel Mascarenhas durante os dois anos e oito meses à frente da PMBA, destaca-se o retorno das graduações de cabo e subtenente na corporação, apesar de ainda não ter havido promoções de soldados a cabos após a implementação da mudança. O tempo máximo de permanência dos oficiais no último e penúltimo posto foi mudado para 06 e 09 anos, respectivamente, e os praças da corporação passaram a não ter limite de idade para ingresso no Curso de Formação de Oficiais.

Também na gestão do Coronel Mascarenhas foi autorizado às praças da corporação ministrarem aulas aos alunos-a-oficial da APM, já que anteriormente a participação de soldados e sargentos se limitava à monitoria (independentemente da formação acadêmica). Novas Companhias Independentes foram criadas no interior do estado (Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna e Juazeiro), e os Batalhões operacionais destas cidades se tornaram batalhões escola.

Mais de 6.000 policiais foram admitidos neste período, centenas de viaturas, e o início duma padronização e qualificação no fardamento dos policiais. Na operacionalidade, foi um momento de cobrança intensa da opinião pública, tendo em vista o alarmante índice de homicídios no estado, encabeçado principalmente pela Região Metropolitana de Salvador. A resposta governamental veio com a implementação do recente programa “Pacto pela Vida”, iniciado na gestão do Coronel Mascarenhas, que criou a Base Comunitária do Calabar, a primeira de outras que estão previstas.

Dois momentos desta gestão podem ser considerados críticos: a ocasião em que o Coronel Jorge Santana, o antecessor do Coronel Nilton Mascarenhas no comando geral, foi preso após denúncias de corrupção, e o movimento deflagrado em 2009, denominado Movimento Polícia Legal, em que os policiais militares se recusaram a atuar sem equipamentos de segurança e formação adequados. Em outubro de 2009, o Comandante Mascarenhas chegou a ser internado na UTI do Incor, em São Paulo, em virtude dum procedimento cirúrgico cardíaco.

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