Os representantes dos Estados que integram o Conselho de Segurança Pública do Meio Norte (Comen) estão reunidos em Belém, desde às 9h da manhã desta quinta-feira, 11, na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil. A entidade integra os secretários de Segurança Pública dos Estados do Pará, Piauí, Maranhão, Amapá e Tocantins. A reunião foi proposta pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Luiz Fernandes Rocha, durante audiência, no último mês de julho, com a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki.
Antes da abertura da reunião, o titular da Segup apresentou aos conselheiros os modelos dos veículos que serão distribuídos para as polícias Civil e Militar, nos próximos dias: Pálio Weekend Treking 1.6 e caminhonete Ranger XLS 3.0. Todos os carros estão equipados com celas, rádios digitais, rastreadores e sinalizadores. Nesta primeira fase, o governo do Estado fará a entrega de cerca de 700 veículos. Numa outra etapa, serão distribuídos mais 400 carros para os órgãos do Sistema de Segurança Pública. A Segup também fará a entrega de 10 veículos, modelo EcoSport, para as operações integradas do Conselho de Segurança Pública do Meio Norte.
O encontro do Comen foi aberto com o pronunciamento do presidente do Conselho, Marcos Roberto Marques da Silva, que é secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Amapá. Ele falou da importância da uniformização da metodologia das estatísticas criminais entre os Estados que compõem o Comen. "Um dos temas principais desta reunião técnica, aqui em Belém, é a questão das estatísticas criminais. Nós precisamos unificar esses números em todo o Brasil. Hoje, por exemplo, o Estado de São Paulo tem uma metodologia que difere dos outros Estados do país. É importante que todos os Estados tenham uma base única”, destacou o presidente do Conselho.
“A área da Segurança Pública trabalha essencialmente com números e os dados são fundamentais para a verificação dos crimes e locais que necessitam de maior atenção. Nesse aspecto, o governo Federal precisa de uma base única para verificar as diferentes situações de criminalidade e planejar políticas específicas de combate à violência", acrescentou Marcos Roberto.
Crimes Tecnológicos
Em seguida, a titular da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos (DRCT), da Polícia Civil do Pará, Beatriz Silveira, apresentou as principais operações de combate e repressão a esse tipo de delito, desencadeadas no Pará este ano. “O crime tecnológico é muito pior que o crime cometido no mundo real porque você não vê quem está do outro lado, é uma ação delituosa realizada, simultaneamente, em vários lugares do mundo e nem sempre a vítima consegue identificar o criminoso, ou seja, o dano é muito grande”, alertou a delegada.
Entre diversas ações operacionais de enfrentamento aos crimes tecnológicos, Beatriz citou a “Operação Lobo Mau”, que prendeu um homem suspeito de divulgar pornografia juvenil na internet e que estava sendo investigado pelas polícias do Rio Grande do Sul e do Paraná. A delegada falou ainda sobre a “Operação Tornado” que desmontou uma quadrilha que desviava dinheiro de diversas agências bancárias, e a “Operação Serpentina”, de combate a fraudes em cartão de crédito.
Estatísticas e Homicídios
“A Uniformização da Metodologia das Estatísticas Criminais” também foi debatida durante o encontro. Além dos conselheiros, a discussão também contou com a participação de dois técnicos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o delegado de Polícia Civil de Goiás, Eraldo José Augusto, e o policial militar Armando Quadros da Silva Neto, de Santa Catarina.
Durante o debate, o diretor do Centro Estratégico Integrado (CEI), da Segup, Antônio Cláudio Farias, falou sobre a metodologia utilizada no Pará na análise criminal, a partir de uma ação integrada entre o setor de inteligência dos órgãos da área de segurança. “É importante destacar a maneira como nós trabalhamos no Pará, a triagem que é feita para produzir o conhecimento relativo à análise das ocorrências, principalmente quanto aos números referentes aos crimes de homicídios”, disse o diretor.
O secretário Luiz Fernandes Rocha comentou os avanços alcançados pelo Estado para a redução da criminalidade. “Nos primeiros sete meses de 2011 o nosso trabalho foi essencialmente de gestão e conseguimos atingir um índice de 15% de redução no número de homicídios no Estado”.
Ele também citou a política de prevenção social da violência e as ações do Programa Pro Paz. “Mais do que reduzir a criminalidade, nós temos que diminuir o sentimento de medo entre a população, e isso pode ser minimizado com ações ostensivas e repressivas das polícias, como a operação que realizamos nesta semana, nos bairros do Barreiro, Telégrafo e Sacramenta”,
No início da tarde, os temas “Procedimento Eletrônico de Polícia Judiciária” e “Redução de Crimes de Homicídios” foram discutidos na reunião, com destaque para as medidas adotadas no Pará para o alcance da queda dos índices de criminalidade. Uma apresentação sobre o “Sistema de Informações e Controle Penitenciário” encerra a reunião técnica do Comen, em Belém. No final da tarde, os conselheiros seguem para uma visita às instalações da nova Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará, no bairro de São Braz, e às instalações do Centro Integrado de Operações (Ciop), no bairro da Cidade Velha, em Belém.
Lene Alves - Ascom Segup
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