Coronel Robson Rodrigues/PMERJ
Há uma mobilização muito grande, como eu nunca tinha visto na
polícia, e o que nos deixa perplexos é isso, que a polícia que antes era
entendida como uma instituição que não promoveria esse tipo de
mobilização, principalmente aqui no Rio de Janeiro, de repente é um
fator de mobilização da sociedade. É por meio da polícia, das UPPs, que a
gente tem visto chegar vários projetos. Eu mesmo recebo vários
parceiros aqui todos os dias, pessoas querendo chegar com seus projetos
para ajudar de alguma forma essas comunidades, pessoas que se
sensibilizam com essas ações.Acredito que a polícia nunca tenha gozado na sua história de existência da legitimidade que tem hoje a partir dessas práticas. Era muito difícil acreditar que em tão pouco tempo as coisas pudessem ser revertidas a partir das favelas, entendidas como problema social e criminal, chamadas de comunidades – o que é um eufemismo, o que mostra como olhamos para esses espaços marginais – e que de repente se transformam numa solução em potencial.
Pessoas que podem representar até mercados para o mundo corporativo pois empresários têm investido também, têm seu olhar voltado para uma possibilidade, uma potencialidade. Essas pessoas, quando bem assistidas, quando inseridas nesse processo político, econômico, social, podem se transformar em soluções, potenciais soluções e isso tem sido interessante para todo mundo.
Claro que tem muita coisa para ser resolvida, tem muitos problemas. É um aprendizado constante. Eu tenho sempre dito isso. É um programa aberto que pressupõe aprender com essas novas realidades, incorporá-las, sistematizá-las e transformar em procedimentos.
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