Foi enterrado, com honras militares, no Cemitério
Jardim da Saudade, em Sulacap, o cabo do Batalhão de Choque (BPChq) Rodrigo Alves Cavalcante, de 32 anos,
morto na Rocinha durante um patrulhamento, na madrugada
desta quarta-feira. Muito emocionado e amparado por parentes e amigos, o
pai do PM e ele
próprio ex-PM, Osaide de Holanda Cavalcante, de 67 anos,
despediu-se o terceiro filho perdido pela violência em 20 anos.
- Quem perdeu a mãe
quando tinha um ano e oito meses, um pai para o câncer e teve três filhos
assassinados tem que ser forte. A maior força vem da fé em Deus -
disse.
Depois do enterro, Osaide criticou as
Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), alegando que a ocupação policial tem que
estar acompanha de uma ocupação social:
- De que adianta UPP sem serviço social? As
primeiras coisas (nas comunidades pacificadas) devem ser creches, escolas,
postos de saúde. Sem isso, é gerado um vácuo porque o vagabundo da boca-de-fumo
sabe da dificuldade do morador e ganha a confiança dele dando dinheiro. Verba
para (obra no) Maracanã, eles têm.
O
ex-PM também disse
não ter sido procurado pelo governador Sérgio Cabral.
- A solidariedade está vindo
de vocês, da imprensa.
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