A Caravana Pro Paz Cidadania Presença Viva chega ao último dia de
atendimento no município de Faro, no extremo oeste do Pará, superando em
100% o número de procedimentos realizados. Nos três últimos dias foram
disponibilizados cerca de 9 mil serviços à população, sendo realizados
mais de 33 mil atendimentos. A Caravana chegou a atender moradores do
município de Nhamundá, do vizinho estado do Amazonas, que navegaram pelo
rio Amazonas, atravessando a fronteira, para aproveitar a presença dos
atendimentos em Faro.
Faro encerra a segunda etapa
de atendimento da Caravana Pro Paz Cidadania Presença Viva, que foi
realizada na região do Baixo Amazonas, iniciada no dia 13 de maio. Nesta
região foram disponibilizados por dia 200 fichas em pediatria, 200 em
ginecologia, 250 em cardiologia, 90 em odontologia e 400
em oftalmologia, além de serviços de documentação, orientação jurídica,
meio ambiente, atendimento às vítimas de escalpelamento, oficinas
culturais e de comunicação e exames. Ao todo foram mais de 600 mil
procedimentos em toda a região.
Um número que
chamou atenção foi o de vítimas de escapelamento no Baixo Amazonas. A
Coordenação Estadual de Educação e Saúde e Mobilização Social da
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) identificou seis novos
casos na região. “Isto é considerado um número alto por causa do baixo
índice de acidentes com o eixo do motor registrado nos municípios da
região”, explica a técnica em gestão Socorro Silva, da coordenação.
No caso do arquipélago do Marajó, onde ocorreu a primeira etapa da
Caravana, no início do ano, a Sespa atendeu 23 casos, sendo que cinco
foram novos acidentes, que ainda não haviam sido indentificados. No
Marajó é muito mais frequente o transporte por meio de pequenas
embarcações. “O eixo do motor e o volante são os causadores de acidentes
por causa da falta de cuidado que as pessoas têm quando utilizam as
pequenas embarcações”, comenta socorro.
Além do
atendimento e busca de novas vítimas, a Sespa criou 13 novos comitês
municipais de erradicação do escalpelamento no Baixo Amazonas e 23 no
Marajó. Os comitês são formados por gestores locais e sociedade civil,
que têm o papel de dar continuidade ao atendimento das vítimas dos
municípios e realizar campanhas de prevenção. “Prevenir e educar. A
educação é única forma de conseguirmos erradicar o escalpelamento nos
municípios do Pará".
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