O STJ REATIVOU O NORTE JURIDICO

Aparentemente o povo brasileiro é acalentado por pão e circo. Conseguem formatar passeatas gigantes em defesa do orgulho gay, mas, não agrupa em passeata contra a corrupção. Festejam efusivamente, inclusive com desfile em carro de bombeiros, a chegada das campeãs olímpicas de vôlei. Reúnem-se a volta de um televisor torcendo e festejando seu ídolo do UFC.
Ficam em delírio coletivo quando o Brasil sagra-se campeão mundial de futebol. Transformam em inenarrável os festejos da vitoria de suas escolas de Samba no Carnaval. Postam-se a frente dos televisores retribuindo com seus telefonemas aos vários realities show veiculados pela mídia.
Não percebem que valoram conceitos pontuais e passageiros, que se embriagam pela euforia do momento, o qual o tempo passa a esvair sua força e seu significado deixando a todos apenas a saudade.
Enquanto degustam o circo, aparentemente não percebem ações muito mais meritórias que transcendem a tudo, ao escreverem na historia, e, ratificarem na jurisprudência a certeza pessoal e coletiva que todos necessitam possuir no Brasil constitucionalista.
O país envolto em escândalos de todo ordem, aonde os poderes conduziam-se pelo norte da biruta foi chamado à ordem pela Suprema Corte, que mesmo ainda não definindo o todo sinaliza em sentenças jurídicas de última instancia que, o norte de um país democrático constitucionalista, seu norte jamais poderá ser o da biruta, mas sim, o da lei maior.
Doravante, os seguidores do vento que se acautelem a Suprema Corte não é o que muitos imaginavam ser.
Todos nós, inclusive os adeptos do circo deveríamos festejar nossos juízes, na realidade, eles formam nossa seleção é verdade que o jogo ainda não terminou, mas, fizemos o primeiro gol, e, por ele deveríamos ter gritado em festejos, e, continuar torcendo para que novos gols sejam feitos, e ao final vencermos a partida sem o sofrimento de um único gol desfavorável, e,assim então carregarmos nossos atletas defensores de nossa própria liberdade,em passeata pelas ruas,mesmo que simbolicamente na certeza da razão sufragada que passamos a possuir sempre que necessário for em recursos aos direitos violados.
Que todos gritem em festa esta conquista, diferentemente das outras, não termina em saudade, mas, na certeza que passamos a ter de uma Suprema Corte que a todos acolhe independente de credo, cor ou ideologia.

Belém, 30 de agosto de 2012.

WALMARI PRATA CARVALHO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente