MEU PESAR.


Sempre que uma pessoa deixa nosso convívio, todos indistintamente maximizam ostensivamente apenas suas qualidades.

Não importa que o mesmo tenha sido adversário político ou não. Aparentemente todos assim agem, buscando compensar algum deslize para com o falecido, ou quem sabe agregar as preces apenas os bons feitos quando as endereçar ao criador em sufrágio da alma daquele que partiu. Mandam inúmeras coroas de flores; estampam seus feitos nos jornais de circulação; estampam fotos conjuntas na internet (face book e outros), e, ate mesmo vai ao velório derramar lágrimas de crocodilo, e, neste exato momento aparecem na mídia enumerando as qualidades, e, o legado do falecido. Provavelmente este mesmo apoio ao desencarnado, seria por ele em vida muito aproveitado, se tais pessoas assim se manifestassem no cotidiano terreno. Na realidade, este camaleônico sentimento final é externado por muitos, apenas para cumprimento as normas sociais atinentes aos funestos eventos, pois, nesta ocasião não choram realmente, mas, alguns representam como atores no teatro da vida da comedia política.
Reconhecidamente, tudo de bom que foi nominado como obra de Almir Gabriel como governador deste estado foi à exatidão exposto. Não tenho a menor duvida ter sido o mesmo um grande, e, inesquecível estadista, infelizmente, nossa passagem neste plano terreno não são apenas flores, e, inequivocamente jamais agradaremos a todos, e, assim não foi diferente com ele. Eu particularmente sempre em vida manifestei-me perante ele, através dos meios jurídicos legais, e, em casos especiais através da mídia contra posições públicas adotadas quando governador, com as quais não concordava; discordei e recorri da aplicação do redutor constitucional que, ate hoje, eu e inúmeros outros, alguns já falecidos argúem na justiça; manifestei-me midiaticamente contra seu posicionamento de preterir oficiais a promoções em favorecimento de outros seguidores e adoradores de sua cartilha; manifestei-me contra sua articulação política, jurídica, e, investigativa do caso Eldorado do Carajás; manifestei-me midiaticamente com o tratamento deselegante que o mesmo deferia a setores da PM; manifestei-me midiaticamente pela maneira como entregou o coronel Pantoja a execração pública ao não permitir a abrangência legal do fato investigado, e, ao mudar, a toque de caixa, e, a peso político nacional, as normas sobre crime militar. Para não ser hipócrita manifesto-me pela perda do homem, esperando que Deus o receba, e, conforte sua família; manifesto-me lamentando a perda de um grande administrador de nosso estado, mas, não louvo sua passagem como COMANDANTE EM CHEFE de minha Policia Militar. Que descanse em paz.

BELÉM 21 DE FEVEREIRO DE 2013.

WALMARI PRATA CARVALHO

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