**Marçal Filho
Ainda sonho com o momento em que o Brasil aprovará a Proposta de Emenda
Constitucional, de número 300, que cria um piso nacional para os
policiais militares, civis e bombeiros, definindo assim um salário
mínimo para categoria, em todo território brasileiro.
Pois essa é uma dívida que temos com esses heróis que arriscam suas vidas diariamente para proteger a sociedade. A PEC 300 é um direito mais do que merecido.
Eu acredito piamente que a morte dos policiais sul-mato-grossenses
Francisco Valenzuela Lopes, Adevaldo Alves de Oliveira e Oscar Castelo,
que moravam em Dourados e morreram na tarde do dia primeiro de fevereiro
de 2010, vítimas de um acidente automobilístico, na BR-163, quando se
dirigiam à capital federal para uma manifestação pela aprovação da
medida, não foi em vão e serviu para fortalecer ainda mais o trabalho de
mobilização que temos realizado no Estado, em favor da medida.
Nossos policiais precisam ser mais bem remunerados. Eles são o
para-choque da população. São eles quem coloca em risco a própria vida e
a de sua família para garantir a nossa tranquilidade. As polícias Civil
e Militar e os Bombeiros são essenciais para promoção da segurança
pública no Brasil. E a unificação nacional de salário já mostrou que dá
certo, um bom exemplo, são os professores que hoje colhem inúmeros
benefícios por conta do piso nacional.
Hoje a diferença salarial de policiais, de um estado para outro é
gigantesca, e a PEC 300 vem para acabar com essa desi-gualdade. Por isso
reafirmo que meu compromisso com essa matéria é irrenunciável,
inquestionável e inegociável. Continuarei a defender o direito dos
policiais em ter um piso nacional, mesmo contrariando os interesses do
governo, como venho fazendo desde que retornei à Câmara Federal, em
2009.
Essa PEC já foi aprovada em primeiro turno ainda no mandato passado,
quando fui o primeiro parlamentar de Mato Grosso do Sul a abraçar a
causa e um dos principais defensores da proposta na Câmara Federal. E
continuo achando que ela deve ser aprovada em regime de urgência.
É uma humilhação, centenas de bombeiros terem que gastar tempo, esforço e
energia para realizarem protesto em busca de aumento de salário e
melhores condições de trabalho, a exemplo do que aconteceu na semana
passada no Rio de Janeiro. Muitos deles foram presos, ameaçados de serem
expulsos da corporação e ainda poderão responder processos criminais e
administrativos, por conta da manifestação.
Isso é uma vergonha para a nação e precisa acabar. Se a PEC 300 já
tivesse sido aprovada, nada disso teria ocorrido. Por esse motivo não me
canso de percorrer os gabinetes de Brasília-DF, em busca de apoio para a
aprovação dessa medida. Não descansarei enquanto não ver que os
policiais civis, militares e bombeiros, de todo o Brasil, estão
recebendo um salário digno e condizente com a responsabilidade que
repousa sobre seus ombros.
**Marçal Filho é deputado federal e está no quarto mandato
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