O cadete Pereira estava de folga no fim-de-semana e resolveu ir à praia de Boa Viagem, naquela tarde de sábado ensolarado da bela Recife.
Sentado à mesa de um bar de boa
categoria, Pereira começa a receber os colegas da Academia de Polícia Militar
que chegam aos poucos. Um deles aparece acompanhado de três belas garotas.
Depois de alguns copos de cerveja e na base do afinado “voz-e-violão”, Pereira
motivou-se a pegar uma das garotas e dançar “La belle de jour”, de Alceu
Valença. Depois, voltou à mesa e colocou a morena (a bela da tarde) em seu
colo.
Aí, sai um sambinha bem afinado e
Pereira descola a gatinha para mais uma contra-dança.
O cadete mostra suas
qualidades no samba e a morena também capricha nos passos. O samba, enfim,
entrosou mais um casal.
Já cansados, retornaram à mesa. Pereira
sentou-se e colocou a sua partner no seu colo.
Foi exatamente nesse instante que
chegou ao bar, Marisa, a noiva do cadete Pereira.
Ele nem percebeu. Estava animado e
encantado com a bela da tarde ao colo.
Marisa bateu no ombro de Pereira e
ele nem sentiu.
Marisa insistiu e Pereira –
sentado – não percebia a fúria da sua noiva.
Na terceira intervenção, Marisa
não se conteve e bradou em voz alta e firme:
- Pereeeeiraaaa! – gritou.
- Héin? – respondeu Pereira,
assustado olhou para cima, avistando a sua noiva.
- O que é isso? – perguntou
Marisa, rangendo os dentes.
- É azar! – concluiu Pereira, com
a morena no colo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente