PM DA BAHIA pode entrar em greve novamente.
Presidente da ASPRA Itabuna fala sobre o assunto
Após o anúncio do governador Jaques Wagner, de que o percentual para
reajuste dos servidores públicos estaduais será abaixo do acordado,
(rumores apontam que seja em torno de 5,84%, cobrindo apenas a inflação)
a Polícia Militar da Bahia acenou com a possibilidade de uma greve para
este ano de 2013.
Este foi um dos assuntos discutidos durante a assembleia organizada pela
Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia – Força Invicta
(AOPMBA), em Salvador, que teve ainda na pauta reivindicações como,
promoções, isonomia salarial, além de pensar um novo modelo para a PM.
Além do índice considerado baixo, especulações sobre a possibilidade do
reajuste não ser retroativo, considerando que a data-base é janeiro, já
seria motivo para greve dos servidores estaduais, que também não
descartam a possibilidade do governo parcelar o aumento, caso não tenha
recursos para bancar todo o saldo retroativo, disse o Tenente Coronel PM
Edmilson Tavares Santos.
Em entrevista ao Radar, o presidente da Associação de Policiais e
Bombeiros do Estado da Bahia, ASPRA Regional Itabuna e acusado de ser o
líder da greve no 15º BPM, Soldado PM Neto, falou sobre a possibilidade
de uma nova greve da PM.
Radar - Existe mesmo a possibilidade de uma greve da PM em 2013?
Neto - A entidade ASPRA não define sozinha os rumos profissionais
da categoria, serão discutidos vários pontos através da assembleia
geral no dia 11 deste mês em Salvador às 15 horas no ginásio de esportes
do clube dos bancários, onde serão colocadas em pauta as revindicações
do militares baianos em geral.
Quero salientar que o caminho é o diálogo, isso em qualquer discussão
laboral, mas também não podemos descartar que a ruptura administrativa,
paralisação ou greve é o recurso utilizado universalmente por todo ser
humano no tocante a melhoria social e de trabalho.
A luta não é tão somente por aumento salarial, é sim por celeridade nas
promoções dos policiais, reinclusão de vantagens, tais como,
insalubridade e periculosidade, auxílio acidente, plano de carreira para
classe praças PM BA, auxílio transporte para os militares que prestam
serviço fora do local de sua residência conforme estatuto em seu artigo
92.
Radar - Qual seria o reajuste ideal?
Neto - Na realidade, os servidores baianos não tem aumento,
recebem reajuste inflacionário que é caculado sobre os doze meses,
aumento seria se os militares baianos de forma geral, tanto oficias
quanto praças recebessem aumento tanto na GAP- Gratificação por
Atividade Policial e no soldo, isso incidiria nas diárias e nas horas
extras aumentando o ganho real do policial.
Radar - Como a ASPRA Itabuna tem se comportado diante da possibilidade de uma greve?
Neto - Normalmente, até por que quando o nosso representante Marco
Prisco (Vereador eleito na capital) e fundador da ASPRA-BAHIA mostra a
insatisfação geral da tropa, e agora em entrevista na capital baiana o
presidente da associação de oficiais dos oficiais AOPMBA, também vem à
público e questiona qual caminho a ser seguido pelo policial para que
um gestor demonstre interesse em solucionar as questões de segurança
pública, deixa inteligível para todos que não há firmamento nos acordos.
Os oficias fizeram a reunião de sua respectiva associação, agora será a
nossa, e lá ficará o estabelecido pela própria classe Praça, ou seja, os
seus desejos e anseios como servidor público.
Radar - Vocês reivindicam anistia ampla e irrestrita para quem participou da mobilização de 2012?
Neto - Sim. A mobilização da PM BA foi pacífica e ordeira, nenhum
dos fatos criminosos mostrados durante a greve foi atribuído a
policiais que estavam lutando por direitos,nada ficou comprovado até o
momento e nem será. A sociedade baiana aprovou e apoiou a nossa luta,
isso ficou demonstrado nas eleições municipais, onde vários militares
foram eleitos, à comprovar o nosso representante máximo Marco Prisco em
Salvador, Soldado Gilvan em Jequié e Valéria aqui em Itabuna.
E nossa cidade, Itabuna, entidades de grande interesse e representação
social, OAB, igrejas e imprensa entenderam nossa árdua luta em janeiro
de 2012, descaracterizando os atos como forma política e sim de busca da
dignidade como servidores públicos que mantém a ordem e a segurança com
o risco da própria vida.
Fim da escala em ciclos / períodos, 25 anos de aposentadoria para as
policias militares femininas; Todos nós sabemos que fisiologicamente a
mulher é diferente do homem, sendo inadmissível que ela se esforce e
tenha seu tempo laboral igualado ao policial masculino.
Ela tem dupla jornada de trabalho, fora e dentro de sua casa e na
maioria das vezes é a única provedora do lar. Sofre com a insalubridade
durante os seus trinta anos de serviço, estuda à noite para
qualificar-se e possuir à custo altíssimo um nível superior de
escolaridade.
A Pfem, policial feminina e isso eu atribuo a toda mulher, é a coluna
cervical, é a estabilizadora emocional de toda família. Ela é o porto
seguro tanto para o homem , quanto para os filhos e isso trás desgastes
para o seu físico e psicológico no dia a dia.
Criação do código de ética. Um código de conduta e não um regulamento
baseado no direito castrense que não coaduna com a nossa carta Magna de
1988. O novo modelo de estatuto irá contribuir muito para um novo modelo
de polícia, voltada para o cidadão e a cidadania.
Criando a carreira única de acesso para a corporação, formação
interdisciplinar do futuro policial, trazendo discussões, situações
fáticas atuais e focadas na preservação dos direitos humanos.
Radar - Como está ou qual o resultado dos processos administrativos disciplinares que foram abertos por causa da greve de 2012?
Neto - Foram findados há mais de um ano, mas sem solução, ou
seja, sem resultado até o momento, contradizendo preceito constitucional
e mandamental no tocante a duração razoável dos processos.
O Estado fez o contrário, abriu novos procedimentos contra colegas aqui
em Itabuna. Estamos esperando o cumprimento do acordo verbal feito e
veiculado em rede estadual versando sobre a anistia aos policiais, do
qual faço parte como acusado.
Quero deixar claro que os policias do Décimo Quinto Batalhão figuram
conforme estatísticas, como um dos que mais apreendem drogas e armas na
Bahia, o senso de profissionalismo é levado ao extremo.
O diálogo é regra para discussão de trabalho, mas quando a
intransigência é colocada em primeiro plano, todos perdem. Queremos um
Polícia Militar melhor, com alto estima e respeitada.
Fonte: Radar Notícias
Fonte PolicialBR: http://www.uniblogbr.com/2013/04/bahia-rumores-de-greve-na-policia.html#ixzz2Q7ntHGIH
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