O autor do boato é ‘’desumano’’,
e, ’’criminoso’’; assim nossa presidente classificou o boateiro do fim da Bolsa
Família. Não resta duvida que o fato indigne a todos, ate mesmo os que não
possuem bolsa família, mas contribuem financeiramente para que ela exista como
programa de governo. Lastimamos bastante ver inúmeras pessoas enfileirarem-se
na esperança de receber a salvadora bolsa ou o acalanto de um possível abono presidencial.
Agora o governo coloca a Policia Federal para encontrar o boateiro. Interessante,
a presidente ao capitular a conduta do boateiro esquece que, os efeitos
provocados pelo bizuzeiro equiparam-se a inúmeros outros rotineiramente
enfrentados tanto pelos bolsistas, como pelo resto da população, e nestes, em decorrência
de autor certo e sabido, só que neste caso, mesmo a Policia Federal sabendo
onde encontrar o autor, não o indicia.
Não seria desumano e criminoso as
inúmeras filas em busca de um atendimento medico.
Não seriam desumanas e criminosas
as condições precárias de nossos presídios.
Não seria desumano e criminoso, o
latifúndio improdutivo; a não reforma agrária.
Não seria desumano e criminoso o
descaso pela segurança pública.
Não seria desumano e criminoso as
conseqüências de atos de corrupção de desvio de verbas publicas por agentes próximos
ao poder que, não vê, não sabe, não ouviu falar.
Existiria alguma diferença nos
efeitos de um boateiro anônimo, e, um promesseiro oficial. Estas filas, este
engodo da bolsa família terminaram; será que, as filas dos Prontos Socorros, e,
as promessas de palanque terminarão algum dia. O boateiro se político for é do ramo
dos boatos, mas, se à classe não pertencer aprendeu em decorrência dos exemplos
de alguns políticos useiros nesta arte do engodo.
A tristeza maior não se encontra
na imensa fila, na esperança que se esvaiu. A tristeza maior é ver nosso povo
apegado ao peixe pescado, a ilusão de um olhar. Um apego gritante, que preferiram
o sol forte, ao aviso da caixa, de que nada mudou. Um povo letrado, um povo
empregado iria pescar jamais se humilhar como gado marcado, a seguir um
berrante a receber o pão pela mão de um tutor seu senhor.
Belém 20 de maio de 2013.
WALMARI PRATA CARVALHO
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