ESTÁDIOS VIGIADOS

A violência preocupa agora as autoridades na área esportiva. O governo brasileiro vai monitorar os estádios de futebol público e privados para melhorar a segurança durante a realização de jogos. Os sistemas de monitoramento devem ser na ordem de R$ 80 milhões investidos pelo Ministério do Esporte.

A informação foi repassada aos participantes do seminário Estádios, Segurança e Condições de Uso pelo assessor da área de futebol do ministério, Alcino Rocha. O evento foi realizado em Brasília na última sexta-feira, 23.

A licitação para a aquisição dos equipamentos já está em andamento e as propostas devem ser apresentadas até o dia 7 de dezembro.

A medida de segurança, segundo o Ministério do Esporte, responde a problemas apresentados por uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cujo resultado mostra que 89% das famílias que deixaram de comparecer aos campos se afastaram por causa da precariedade da segurança.

A instalação de câmeras nos estádios permitirá a identificação de torcedores violentos e no monitoramento das ações das torcidas organizados que vão para os campos de futebol apenas para brigar.

O Ministério Público participou do seminário. O promotor José Antônio Baeta defendeu no encontro a atuação do órgão em defesa dos torcedores. Ele explicou que a Constituição Federal prevê no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais que o Estado defenderá os direitos do consumidor, na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais.

Baeta referiu-se ao Estatuto do Torcedor e disse que o mesmo enquadra no Código de Defesa do Consumidor as entidades responsáveis pelas competições que descumprem os quesitos de segurança dos estádios, cabendo ao Ministério Público o trabalho com as federações para que os cuidados necessários à segurança do torcedor sejam tomados e advertiu que as federações de futebol devem ter os nomes das torcidas impedidas de ir aos estádios pelo seu histórico de violência.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) defendeu a necessidade das agremiações encaminharem, sempre com antecedência, os pedidos de laudos de liberação dos estádios à Polícia Militar, ao Corpo de Bombeiros e à Vigilância Sanitária para evitar os transtornos de última hora. “Estádios públicos ou privados, grandes ou pequenos, têm sempre problemas que precisam ser resolvidos para estarem adequados à realização das partidas”, ressaltou Virgílio Elísio, da CBF.

Fonte: Agência Brasil.



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