Hoje pela manhã, andando pelas ruas de Belém, presenciei uma cena interessane: uma guarnição da polícia militar chegando ao local de uma ocorrência, no bairro do Umarizal, instante em que o solicitante a aguardava.
A guarnição, comandada por um cabo da PM, desembarcou do véiculo e todos prestaram continência ao cidadão, que passou a narrar o fato, objeto da solicitação. Não parecia nada grave.
Até aí, nada de interessante na ocorrência, se o cidadão não fosse irmão do coronel Sena, da polícia militar.Ele não é apenas parecido com Sena. Ele é idêntico ao coronel Sena.
E com certeza, os policiais fizeram a continência por pensarem que se tratava do coronel.
A continência no Japão
Ao se formar policial, o cidadão japonês tem como primeira atividade o serviço nos kobans.
Um koban é semelhante ao nosso PM-BOX dos anos 80. E que hoje chamamos de base comunitária.
A polícia do Japão tem uma larga tradição no policiamento comunitário.
Aliás, o primeiro contato com o cidadão se dá através do gesto da continência.
Aqui no Brasil, não há essa prática. Pelo contrário.
O militar brasileiro só presta a continência ao seu superior.
A continência é um gesto de saudação e pode ser prestado a qualquer cidadão como um ato educado e simpático do militar.
Quando vi a cena, na manhã de hoje, cheguei a pensar que meus companheiros da guarnição da polícia militar estavam saudando educamente o cidadão solicitante.
Mas, pensando bem, eles se confundiram com a fisionomia do coronel Sena.
E o irmão do coronel, Luís Antônio de Sena Fonseca, que é médico sindicalista, sabe disso, pois já me falou que toda vez que entra num quartel da PM, a guarda se levanta e todos lhe prestam a continência regulamentar... e o sentinela faz o "apresentar arma", confundindo-o com o Sena coronel.
Ou será que a guarda está fazendo isso em respeito a todos os cidadãos que entram em nossos quartéis?
Então, aqui, o respeito ao cidadão é maior que no Japão. É com honras militares...
É muito bom ser reconhecido como irmão do Coronel, porém muitas pessoas me conhecem pelo trabalho médico e sindical em defesa do SUS.
ResponderExcluirPorém as confusões são inevitáveis de ambos os lados.Meu irmão já foi abraçado em local público por parente de paciente meu, em agradecimento pelo carinho que dedico a todos...O importante é que somos reconhecidos pelo nosso trabalho em áreas distintas e que precisam de respeito e dedicação.Uma continência grande a todos.LUIZ ANTONIO DE SENA FONSECA 2ºTEN MÉDICO DA RESERVA DO EXÉRCITO BRASILEIRO.